quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Duas almas num corpo

Acordo a meio da noite
Fico a ver-te dormir,
Aprecio a calma do teu rosto,
A beleza do teu sorrir

Dou-te um beijo suave
Nos teus lábios sedutores
Sem te acordar
Aconchego-me no teu corpo,
Sinto o teu respirar
Somos dois corpos
Numa só alma,
Duas almas
Num só corpo

Deixo-me envolver na tua calma
Feliz por te ter no meu espaço
Fecho os olhos e adormeço
Feliz por estar nos teus braços.

Marisa V

Sigo o teu perfume!


Vou atrás do teu perfume,
Do teu perfume natural,
Do teu perfume!

Sigo-te, até me cruzar,
Até cruzar-me contigo,
Podendo-me encontrar,
Sozinha contigo!

É um perfume fresco,
Sublime…
É o teu perfume!

Cruzo-me contigo,
Contigo e com as tuas amigas,
Pois sozinha contigo,
É impossível,
Tens sempre as tuas amigas contigo!
As rosas amigas!

Rosa, és tu,
Malmequer é ela,
Violeta aquela!
Que transformam o meu jardim
Colorido, como vários tecidos de cetim,
Que juntos formam uma cortina de cores
Que não se vê, o seu fim!

Cada uma tem um perfume,
Cada uma o seu encanto,
Todas deixam o seu perfume,
Na alma, a quem encantam!

Susana V 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Poesia de alma

Poesia de alma
Me acalma,
Entretem minha atenção
Nas palavras puras que perduram
Nos versos que se completam

Rimas se cruzam
Descruzam-se enigmas completos
Em corações abertos

Leio e torno a ler
Há sempre uma nova mensagem,
Uma nova história a conhecer

Poesia da vida, confunde
A realidade com a miragem,
No poema onde tudo se funde

Leio e sigo esta viagem
Onde nada é certo,
Tudo é subjectivo

Guio-me pelo incerto
Do poeta altivo

Marisa V

Enrolada nos teus braços!

Sou leve, sou branquinha,
Fazem de mim roupa,
Roupa branquinha,
Mas sozinha não faço essa roupa,
Preciso de ajudinha!

Ando sempre a passear,
Voou por entre os céus,
Viajo sem parar,
Voou junto ao mar e ao céu!

Hoje quando acordei,
Tinha frio, não tinha companhia,
Estava simplesmente sozinha,
Embalada nas ondas,
Onde navegarei!

Nas tuas ondas, oh mar!
Enrolada nos teus braços,
Navego na tua espuma, oh mar!
Apertada nos teus abraços!

Sou uma pena,
Uma pena, de uma gaivota,
Sou uma pena,
Que te via de cima, de uma gaivota!

Hoje sou uma pena,
Enrolada nos teus braços,
Hoje sou uma pena,
Que navega nos teus embaraços!

Sou uma pena,
Que não te conhece, oh mar!
Não conhece o teu interior,
O teu fundo do mar,
Que me fascina, pelo ser esplendor!

Susana V 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bater do coração

Tumtum, tumtum
Oiço o bater do meu coração
Palpita
Sem nenhuma razão

Bate, bate sem parar
Mas quase não consigo respirar
É um aperto que sinto no peito
Sentindo a falta desse teu jeito

Não percebo o que sinto,
Não consigo controlar
Esta ânsia do meu amor

Ai minto,
Minto ao esconder este sentimento
Que me persegue a qualquer momento,
Me amarra ao teu olhar,
Faz meu corpo fraquejar

Sinto me fraca
Preciso do teu beijo
Para me saciar esta sede,
Este desejo.

Procuro-te em tudo o que veja,
A cada lugar que vá
Rastejo por onde quer que seja
Mas tu nunca estás lá

Encontro-te
Perdido num sonho
Levando o meu coração,
Aproximo-me de ti
Estico-te a minha mão

Desvaneces-te em grãos de areia
Deixando-me sozinha
Com o mar salgado,
Como salgado é o meu chorar.

Marisa V

Nas asas das emoções!


Sou feita de recordações,
Vivências e emoções!
Sou um coração,
Feito de recordações!

A saudade leva-me ao baú,
Ao baú das recordações,
Abro-o, salto e voo,
Nas asas das emoções!

Recuo no tempo,
Tempo já perdido,
Mas não esquecido!

Viajei nas memórias,
Saltei do presente para o passado,
Voei pelas histórias
Dum passado desejado!

É a saudade que me leva até ti, Baú!
Baú das recordações,
Em ti, encontro pedaços de mim,
Que já tiveram o seu fim!
Em ti, voou nas asas das emoções!

Susana V 


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sou a tua grande amiga!



Sentada permaneço, parte do meu dia,
Sentada numa prateleira de madeira,
É assim que passo quase todos os dias,
Sentada sem fazer nada, nesta tábua de madeira!

Sou pequena, pequenita,
Tenho pernas mas não consigo andar,
Tenho braços, mas não consigo alcançar!
Tenho boca, mas não consigo falar!

Passa uma hora, passa outra,
E lá estou eu quieta no meu lugar,
Sozinha, não vou a lugar nenhum,
Preciso de ti, para me levares a algum lugar! 

Espero por ti, olhando para os livros,
Para os teus livros, da cabeceira,
É olhando para os teus livros
Que recordo as histórias, que me lês à cabeceira!
Que me lês  antes de dormires!

O tempo demora a passar,
Passa lento, como um caracol a correr!
Passa lento, como uma tartaruga a andar!
Demora a passar,
Mas chega a hora, que tanto anseio,
A tua hora de chegar!

Tu chegas-te e vieste logo ter comigo,
Vieste logo buscar - me,
Para poderemos brincar!

Não sou de carne e osso,
Não ando, nem falo,
Não sou uma pessoa
Mas sou a tua grande amiga!

Sou uma boneca,
Revestida de trapos
Sou uma boneca de trapos! 

Susana V








Enfrento a tempestade

Enfrento a tempestade,
Saio à rua para encarar
O frio, o mal que ela trás

Parto entre a chuva, a trovoada,
O vento forte
Destrói tudo a uma só passagem.

Tento não perder o norte
Em nenhum momento,
Deixo-me embalar
Pelo seu bater compasso
Que vai acalmando
À medida que vai passando

E quando acaba, sorrio
Livre da tempestade,
Com a alma lavada
Pela chuva que caiu,
As ideias refrescadas
Pelo vento que passou

A tempestade renova-me,
Torna-me me mais forte
Com tudo o que acontece.
Quando acaba vão-se as nuvens,

Brilha o sol que me aquece
Todo o mal se evapora,
Só o bem perdura,
O bem que segura.

Todas as tormentas
Têm a sua esperança,
Todos os males, o seu bem
Não posso ficar à espera que passe,
Tenho que sair e lutar,
Se quero ser alguém.

Marisa V




sábado, 25 de fevereiro de 2012

Melodia do meu sorriso

Inspiro-me com a música
Que me move a cada dia,
Que me faz rir, que me comove.
Danço aos som da sua batida,
Rejo a minha vida à margem da sua letra.

É o meu mapa, o que me move,
O que me dá ânimo para enfrentar
As lutas que surgem a cada dia.
Floresço da penumbra escondida,
Faço a realidade de uma miragem.

Crio histórias perdidas
No sentido inverso
De cada verso cantado,
De cada nota tocada.

Oiço e torno a ouvir,
Não me canso de a repetir
A cada vez uma nova descoberta,
Uma história secreta
Numa canção aberta.

É a melodia do meu sorriso
A música que preciso,
Paixão de uma vida
Que jamais será esquecida!


Marisa V

Segue a tua maré!


Deixa - te levar pelas ondas...
Não deixes de navegar,
Segue a espuma, segue as ondas
Não esperes por quem não quer navegar!

Navega pelo alto mar,
Vê para onde corre a maré,
Não deixes o teu mar
Segue a tua maré!

Nem todos corremos na mesma maré,
Navega pela tua,
Não fiques à espera de outra maré
Porque se essa é a tua,
É nessa que tens de navegar!


É nessa maré que tens de lutar,
Lutar contra os ventos fortes,
Lutar contra tempestades temerosas,
Lutar contra tudo, para atingires o teu porto,
O teu porto de abrigo desejado!

Navegaremos em ti, oh mar
Oh mar, nosso amigo,
Vamos contigo nesta ou noutra maré,
Mas é contigo que vamos navegar!

Vamos com quem queira navegar,
Nas tuas águas claras e límpidas,
Não esperemos, por quem não quer navegar!

Susana V

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Baterias de Quem Sou!


Vivo numa montanha russa,
Bem agitada e arriscada,
Ora desço, ora subo,
Na agitada montanha russa.

Não dirijo para onde vou,
Não tenho volante
Não sei para onde vou
Não tenho volante!

Desço e subo
Consoante o balanço das pessoas,
O som da musica,
A agitação do mar
A suavidade da natureza
A melodia do ar puro…
A agitação da vida!

Não sei para onde vou,
Não sei para onde corre a maré,
Só sei onde estou,
E com quem estou!

É com quem estou,
Que carrego as baterias,
As baterias de quem sou!

São as baterias do carro,
Da montanha russa!
Da montanha da vida!

Junta-se pessoas, com música
Fazendo diálogos e melodias!
Mistura-se o mar, com a natureza,
Dando-nos calma e harmonia!
Termina-se com ar puro que nos dá vida
Dá-nos bateria para sermos a vida desta vida!

Susana V

Mundo novo

Guiada pelo sol que alto brilha
Segue sozinha no meio da multidão
Esquece tudo o que atormenta,
Esquece todos os que a rodeiam

Segue sorrindo
Como se vivesse um sonho,
Perdida num paraíso só seu
Passa e deixa passar
Tudo lhe é indiferente,
Só ela, o sol, a sua música
Que lhe ecoa na sua mente

Vagueia pela cidade
Descobre novos caminhos,
Novos locais
É um mundo novo,
Cheio de singularidade,
Um mundo que também é seu.

Sente-se alheia a esta realidade
Não é a sua casa, a sua terra natal
Está longe o seu porto de abrigo,
Vive no meio da confusão do desconhecido.
Marisa V

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Nada está bem

Dizes e contradizes,
Nada está bem
Seja quem for,
Não concordas com ninguém.

Ontem apoiavas incondicionalmente,
Estavas sempre ao nosso lado,
Tinhas uma palavra amiga, um sorriso,
Pensava que duraria para sempre.

Hoje estás diferente,
Já mal te conheço.
Implicas, refilas
Para ti tudo está mal,
Só o que pensas está certo.
Foste mudando ao longo do tempo
És outra pessoa
E ainda é só o começo.

Procurei respostas
Só encontrei desilusões,
Conformei-me com a verdade
Apaguei todas as ilusões.

Já não espero melhoras,
Só peço paciência
Para sorrir em vez de gritar,
Para conseguir suportar
Toda esta demência.

Marisa V

Luta Pela Felicidade!


Porque sempre depois da tempestade vem a bonança.
Porque depois de um dia cinzento, vem um dia de sol.
Porque depois da noite vem o dia.
Porque depois do Inverno vem a Primavera,
Porque depois dos obstáculos, vem a vitória.
E porque depois da tristeza vem a felicidade.
E porque a tua felicidade depende de ti!
Luta por ela, luta por ti!

Susana V 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Fernando Pessoa


“Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!"


Fernando Pessoa

Tudo passa, nada volta

O mundo não pára,
As pessoas mudam
Tudo passa, nada volta

Olho para ti e não te conheço,
Não sei o que fazes,
Com quem estás

Já não sei quem sou,
O que me move,
Tudo o que fui esvoaçou

Fui para ti
Mas já não és nada para mim,
És o fantasma do passado
Que vagueia na sombra do presente

És resto de nada
No coração onde já foste tudo,
Um sentimento esquecido
Num caminho perdido.

Marisa V

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Bailarina de companhia

Bailarina de companhia
Na caixa de música dança,
Faz magia

Giras e giras sem parar
Sorris e fazes sorrir
Com esse seu ar de intocável,
A sua beleza inquestionável.

A sua dança calma
Ao som de uma melodia harmoniosa
É tão doce e tão perigosa

Quero sempre mais e mais
Dos seus passos sempre iguais
Rodo e torno a rodar
A corda que a faz dançar

Está ao meu lado no espelho,
Protege as minhas recordações,
Guarda os meus segredos,
Conhece todas as minhas paixões.

É o meu reflexo a minha alma
Frágil como os meus medos,
Rodopia como as minhas emoções.

Marisa V

Estrelinha da sorte!

A lua já espreita,
Pelo cortinado escuro
A lua já espreita
Pelo meio do escuro!

Ela é a rainha,
A rainha desta noite,
Não está sozinha,
Na noite,
As estrelas são a sua companhia!

Ela é a rainha,
Esta sempre à espreita
Ora mais envergonhada,
Ora mais descarada
Mas está sempre à espreita!

No cortinado escuro,
As estrelas fazem companhia,
À lua que é a rainha,
A rainha do escuro!

As estrelas são pequeninas,
A lua destaca-se,
No cortinado escuro,
Mas é às pequeninas,
Que dá-mos destaque!

É às estrelas que pedimos
desejos…
É nas estrelas que vemos
constelações… figuras…
É para as estrelas que dizemos:
Aquela é a minha estrelinha da sorte,
Que brilhantina o meu dia!

Susana V  

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Autopsicografia

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração."
Fernando Pessoa

Melodia do Tempo!

No silêncio do dia,
Houvesse melodia,
Houvesse o ritmo,
Que marca cada dia!

Esta melodia, tem apenas duas notas,
Duas notas musicas,
Que trazem ritmo, 
Marcam o tempo,
O tempo da vida,
Fazendo do barulho,
Uma melodia de vida!

É o tic, tac
Tac, tic
Do relógio de parede!

Os ponteiros são os músicos,
Os números a plateia,
Nós os compositores!

Parar o tempo, não podemos,
Avança-lo também não,
Aproveita-lo para que não passe em vão
Podemos e devemos!

Fazemos do tempo,
A nossa canção,
Não deixarei que o tempo
Destrua a minha canção!
Por isso, aproveito o tempo
Enriquecendo a canção
A minha canção de vida!

O relógio embala-nos,
Na sua melodia,
Tic, tac…
A melodia do tempo… da vida…
Tic, tac…


Susana V 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A magia da vida

A magia da vida
Está na incerteza do destino
E na dúvida do passado,
O porquê de certos acontecimentos,
O que nos trarão a seguir.

Como uma estrada escura
Que ao olhar para trás
Só restam as memórias do que vimos
Pois tudo que agora vejo são apenas vultos
Perdidos no meio da escuridão

E ao olhar em frente
Só vejo a realidade do preciso instante,
O que virá está desfocado,
Existe apenas uma pequena luz
A iluminar um futuro nada distante.

Por isso sigo passo a passo
Sem grandes planos, ilusões
Porque quanto mais planos, mais enganos
Quanto mais ilusões, mais decepções!

Eu não me quero lamentar
Pelo que ambicionei e não consegui alcançar,
Quero sorrir pelo que conquistei,
Quero viver sem me arrepender,
Viver e saber que me mimei.

Marisa V

Viva o hoje, lute pelo amanhã!


Vivo cada dia, como se fosse o último,
Vivo como, se não houvesse amanha,
Amanhã, já pode ser tarde!
Por isso vivo, o hoje como se fosse o ultimo,
O último dia para ser feliz!

Traço objectivos, metas a atingir,
Vivo como se não houvesse amanhã,
Vivo para conseguir,
Vivo a lutar, para conseguir,
Conseguir atingir, o amanhã!

Se luto posso vencer,
Se não luto perderei sempre!
Por isso luto, hoje amanha e sempre!

Faz parte da vida
Perder …
Faz parte da vida
Ganhar…
Tudo faz parte da vida,
Somos o que ela nos dá!

Ontem, já passou,
Amanha, pode ser tarde,
Hoje, é o dia ideal para seremos felizes!


Susana V 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Não tem como te deixar

Entraste na minha vida
Passo a passo sem avisar,
Guardei-te no meu espaço
E agora não tem como te deixar

Cativaste-me com a tua voz,
A tua música faz-me vibrar,
Não me consigo conter
Canto, danço sem parar

Cantas a minha história sem querer,
Dás-me ânimo, sorrisos,
Mudaste a minha vida sem saber

Digam o que disserem
Eu não vou vacilar
Aconteça o que acontecer
No meu coração hei-de sempre te guardar

Marisa V

Vive-se e sobrevive-se, no carrossel do mundo!


Vivo num carrossel
Que nunca pára,
Roda, roda e não pára
Vivo num carrossel!

É o carrossel da vida,
É o carrossel, onde vivo noite e dia,
É o carrossel da vida,

É o carrossel, onde todos nós vivemos,
Onde todos permanecemos,
Onde todos nós vivemos

A vida não pára, o tempo também não,
A vida gira e tu nem tens noção,
A vida é uma completa agitação
Onde nós agitados ou não,
Vivemos a sua movimentação!

A vida gira, como um carrossel
Vive-se e sobrevive-se, no carrossel do mundo!


Susana V

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Mistério que me cativa

Observo o meu horizonte
Que flutua nas lágrimas da vida
Perdidas no mar de histórias,
Unidas no cenário de grandes vitórias

Entrego-me a toda esta mística
Do alcançável impossível de agarrar
A cada passo uma nova crença,
Descrença de ter o mundo na mão

Isolo-me com o mar que me sara,
É vida, é saudade,
É o meu vício, a minha tara

Mistério que me cativa
A união do mal ao bem,
É de tantos e de ninguém,
É o deus que me guia.

Se ele é rei, quero ser a sua diva,
Descobrir um novo horizonte
A cada meta alcançada,
Lavar a minha alma escondida
No enrolar das ondas
Em cada maré vivida.

Marisa V

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Navego, Luto, Vencerei!


Vagueio no meu barco,
Entre ondas temerosas,
Entre rajadas de vento ventosas,
Navegando por correntes aventurosas!

Sou o capitão do barco,
Decido, como agir!
Sou o capitão do barco,
Boas correntes, vou conseguir!

O mar ora está calmo, ora está agitado,
Ora facilita, ora atrapalha a navegação!
É difícil escolher o caminho
É difícil escolher, o certo caminho!

Todos nós temos um barco
Todos nós somos capitães
Todos nós temos um barco a dirigir
Todos nos procuramos boas navegações!

Susana V 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Pensamentos soltos


Solto os meus pensamentos
Na brisa fresca que paira no are
Vejo-os esvoaçar em meu redor.
São palavras, imagens, pensamentos soltos
Projectados em breves vultos

Tento juntá-los
Na esperança de me compreender.
Sou um puzzle incompleto
Com pedaços soltos, pedaços por conhecer

Envolta no mundo da imaginação
Perco-me no meio da confusão
Instalada dento de mim
Que a bom ver, tudo isso,
Não passa de uma grande ilusão.

Marisa V

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pouco a pouco lá vai o laranjinha!


O dia já lá vai,
A noite aproxima-se,
O sol pouco a pouco vai,
A lua pouco a pouco aproxima-se!

Sentada estou,
No areal, junto ao mar,
Apreciando estou
O sol reflectindo no mar!

Está laranjinha, está bonito,
O sol, que ilumina
O sol, que reflecte num infinito!

E eu permaneço
Com os pés enterrados
Nos vagos molhados
Vendo as águas calmas…
Assistindo ao repousar do dia
E ao nascer da noite!

Pouco a pouco lá vai o laranjinha,
Deixando a noite na nossa companhia,
Dizendo que amanhã,
Voltará a ser a nossa companhia!

Susana V

Sozinha no meu mundo


Sozinha no meu mundo
Sem fazer o que fazer
Por cada passo que dê
Só me vejo perder

Sons, movimentos
Tudo gira à minha volta
Atacam-me a alma
Acordam a minha revolta

Paro durante um segundo
Não consigo pensar
Sinto-me cada vez mais pequena
E sem conseguir respirar

Preciso de uma brisa fresca,
De uma melodia harmoniosa
Procuro minha paz interior
Lutando contra o rebuliço exterior

Marisa V

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Sou o que sou!


Sou quem sou,
Não o que os outros,
Pensam que sou,
Não o que os outros,
Querem que seja…

Sou quem sou,
Assente na vida,
Em que estou,
Vivo a vida
Assim como sou!

Serei eu,
Hoje e amanhã…
Sou o que sou,
Sou o que serei…

Susana V

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Raio de Sol

Um raio de sol
Entrou no meu espaço
Trouxe luz, alegria,
Aqueceu-me com um abraço,
Iluminou a minha vida
Afastando toda a escuridão

Este sol que falo
Trago guardado no coração
É a luz da esperança
Que brilha no fundo dos medos,
Que me aquece nos dias mais frios
E oculta toda a escuridão

É um raio de sol brilhante
Que torna o meu mundo
Mais colorido e fascinante

Marisa V


A amizade semeia-se, cuida-se e colhe-se!


A vida sem amizades,
É como um céu sem estrelas
É uma vida escura, sem felicidades!
A amizade é uma estrela, que cintila felicidade!

A amizade é como uma flor
Tem que ser semeada
Amizade é como uma flor
Tem de ser regada e cuidada!

A amizade cultiva-se
Dá-se, recebe-se,
Dá cor, alegria e sabor
À nossa vida com um grande amor!


Susana V

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A vida numa linha!


A vida não é uma linha recta,
Não é uma linha sem interrupções!
A vida, é uma linha curva,
É uma linha, cheia de contradições!

Cada pessoa tem uma linha,
Uma linha continua…
Uma linha com atribulações,
Uma linha, que coze a pessoa em que nos tornamos!

É com as curvas perigosas da linha
Que crescemos, aprendemos,
É com as curvas perigosas da linha
Que amadurecemos!

A vida é uma linha condutora,
Que apenas conhecemos o traço que pisamos!
Não sabemos o que iremos pisar!
Virá uma curva!?
Virá simplesmente uma recta!?

Aguardamos o seu momento de chegada,
Aguardamos os desafios futuros!
Vivemos divertimentos com a rapaziada,
Vivemos o presente, não o futuro!

Susana V

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Recordar é viver!



Recordar é viver!
Recorremos à nossa caixinha de recordações,
Recordamos momentos inesquecíveis,
Recordamos pessoas inesquecíveis,
Momentos guardados nos nossos corações

Trás saudade recordar,
É verdade,
Saudade de momentos
Saudade de divertimentos 

Recorremos ao passado
Sonhamos poder lá regressar
Mas como ao passado não podemos voltar
Vamos recordando
E porque?!
Porque: Recordar é viver

Susana V

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

História escondida

Nesta vida de faz de conta
Nada é o que parece
A imaginção sobrepõe-se à razão,
O surreal confunde-se com o real,
Das verdades fazem-se mentiras,
As mentiras tornam-se verdades.

Vou traçando o meu destino
Dia após dia,
Vitória após vitória
Até descobrir a verdadeira história

A história escondida
Por trás de mascaras irreais
Contada em prosa e poesia
Recheada de palavras magistrais

Marisa V

Somos mais que a altura!


Sou uma pequena mulher,
Uma mulher pequena em altura,
Não sou uma alta mulher,
Mas sou uma mulher à altura!

Aos palmos ninguém se mede,
Porque somos mais que a altura
Somos para além de um metro e meio, que ninguém mede,
Somos pequenos, mas à altura!

Porque sou do tamanho
Que sinto e vejo
E não, do tamanho da minha altura!


Susana V

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Correr o mundo


Eu vou correr o mundo,
Virá-lo de pernas para o ar
Não espero mudá-lo,
Só o quero marcar

Não posso ficar parada,
Tenho que semear para colher
Ninguém vai em meu lugar
Há coisas que só eu posso fazer

A vida é curta demais
Não deixo de a viver
São as pessoas especiais
Que não se vão esquecer


Marisa V

Oiço o silêncio!


Passeio num caminho de pedras,
Um caminho irregular,
Um caminho de pedras!
Pequenas, grandes e grandes, pequenas
Assim são as pedras!

Há buracos aqui,
Há terra aqui e a ali,
Passeio sempre por aqui
Não reparando o que há aqui e ali!

Avisto árvores,
Vejo flores,
Avisto animais
Vejo tudo e tudo mais…

Oiço pássaros e animais
Oiço o vento e nada mais!
Fico assim ouvindo o vento
Recolhendo-me no meu pensamento!

Oiço o vento, oiço o silêncio,
Oiço-te, oh natureza que me contenta!
Oiço o vento, oiço o silêncio,
Oiço-te, oh natureza que me completa!

Susana V