sábado, 28 de abril de 2012

Ser Feliz é...

Ser feliz,
Não é ter um céu, sem tempestades,
Ser feliz,
Não é ter uma estrada sem acidentes!

Ser feliz é…
Encontrar no meio da discussão,
Um perdão!
Ter junto do coração,
Um pedaço de compreensão!

Ser feliz é…
Encontrar no palco da desgraça,
A garra,
Encontrar na tristeza,
A Alegria,
Encontrar no deserto,
A esperança,
Encontrar em alto mar,
A areia para naufragar!

Ser feliz é…
Encontrar no meio da multidão,
Amigos verdadeiros,
Encontrar felicidade,
Na felicidade dos seus companheiros!

Ser feliz é…
Ter vontade de chorar, mas sorrir
Ter derrotas, mas lutar
Ter medos, mas enfrenta-los,
Ter batalhas, mas esperanças,
Ter inimigos, mas verdadeiros amigos,
É ter vontade de viver, dia após dia…

No meio das tempestades,
O sol espreita,
Encontra-se festividades,
E a vida endireita-se,
Eu sou feliz,
À minha maneira!

Susana V

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Olhar Perdido!

Saí à rua,
Com este lindo dia de sol,
Comprimento quem está na rua,
A aproveitar o encanto de sol!

No fundo da rua,
Brincam as crianças,
Brincadeiras de rua,
Das quais tenho mais lembranças!

Nos banquinhos de madeira,
Encontram-se os velhinhos,
Cada um observando sua companheira,
Fazendo rendas, nos seus trapinhos!

E eu perdida, pensando no passado,
Passeio à beira do lago,
Até que um olhar, me fixou,
Um olhar parado,
Que me chamou!

Era um olhar triste,
Só e parado,
De quem se, sentia abandonado!

Aproximei-me do lago,
Chegando ao olhar perdido,
Sentando-me junto ao lago,
Estendi a mão ao perdido,
Ao perdido olhar,
De quem me fez parar!

As palavras surgiram,
Fazendo delas conversas,
Conversas do olhar perdido,
Porque eu,
Apenas as ouvia,
Mesmo não o ter compreendido,
Ouvia,
Era o que o olhar perdido,
Procurava, um ouvido!

Passeio pelo lago, várias vezes,
As crianças aqui, brincam todos os dias,
Os velhinhos, frequentemente estão aqui,
Nós todos, passamos por aqui, várias vezes,
Mas são poucas, as vezes
Que paramos e sentamos,
Ouvindo quem só preciso de um ouvido,
Para mudar o seu olhar parado,
Para um olhar aliviado!

Vivemos a nossa vida,
Sem dar colo ao que nos rodeia,
Vivemos a vida rotineira,
Sem olhar para os simples gestos,
Que a todos nos rodeia!

Uma boca não vê,
Mas um olho fala,
Mas será, que alguém vê,
O que ele fala!?

Susana V

terça-feira, 24 de abril de 2012

Respostas da vida

Às vezes dou por mim a pensar
Quem sou
Porque sou assim
O que estou aqui a fazer
Qual a minha missão por fim

Infelizmente as respostas da vida
Não são como as respostas de um teste
Em que estudamos, decoramos a matéria
E ao chegar ao teste
Escrevemos o melhor que podemos
Para ter as respostas completas

Já as respostas da vida
Raramente são completas
Porque nós somos seres incompletos
Insaciáveis por inteiro
Inconstantes completos

E eu?
Eu sou um misto do que passei
De quem por mim passou

Sou este, sou aquele
Sou uma história aqui
Um sentimento ali

Tudo o que sou
Vem das minhas vivências
Tudo o que sei
Vem das minhas experiências

Como falo, como penso
Porque ajo como ajo, porque me calo
São hábitos vindos do que vivi no passado
Explicações claras no obscuro
Dos dias findos

O que faço não sei bem,
Ando à deriva
Sem uma mapa que me guie
Sem um manual que me explique
O como ou o porquê,
As dúvidas minhas que ninguém vê

Ando e procuro a minha missão,
Missão que ainda não descobri
Não consigo responder
A esta pergunta de maior cotação

Mas sei que vou conseguir encontrar
A missão que me guiará
Um novo caminho me traçará

Vou sentir quando chegar
Vou abrir a minha alma, o meu coração
Para a deixar entrar

Conquistar o maior sorriso
É tudo o que preciso
Guardar o meu mundo na mão
Alcançar o céu da felicidade
Viver de vitórias
Viver de emoção

Marisa V

Rei do dia!


O sol é o rei deste dia,
Vive lá no alto,
Durante todo o dia,
Cintila lá do alto,
Alegrando o nosso dia!

Dás-nos sempre as boas-vindas,
És o rei do nosso dia,
Iluminas nossas vidas,
És o rei da alegria,
Das nossas singelas vidas!

A tua luz, ilumina,
O caminho que pisamos
A tua luz, aquece,
A alma, em que vivemos!

És símbolo de vida,
Dás cor e alegria,
És símbolo de vida,
Dás esperança a cada dia,
És a nossa alegria de vida!

Iluminas cada vida,
Com um toque especial,
Fazes de cada vida,
Uma alegria fenomenal!

És o rei do dia,
Que por mim, nunca sairias,
Desse trono, que só é durante o dia,
Desse trono, que por mim sempre ficarias!

Susana V

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Nova luz


Por vezes não tenho nada para dizer
Fico calada a olhar
Sem saber o que falar, o que pensar
Ou até mesmo o que escrever

Paro e deixo o tempo passar
Sem qualquer reação
Sem qualquer estímulo
Para o que quer que seja

Não consigo estar contente
Não consigo estar triste
Consigo apenas estar presente

Um presente ausente
Com a cabeça perdida nas nuvens
Que já la vão
E eu nem dei por elas partirem

Fico calma, sem reação
Sem querer saber o que se passa
O que poderá acontecer

Paro e fico longe da realidade
Afasto-me do mundo
Desligo-me por completo

Não é intencional,
É uma proteção irracional
Onde isolo-me dos problemas
Esqueço o que fui, o que sou, o que serei
Ignoro o que o ficou, o que mudou

Paro e entro num mundo à parte
Escrevo, crio, invento
E nasce uma nova luz
Neste meu sol que é a minha arte

Marisa V

Sou um baú...

Sou um baú,
Confecionado de pedra,
Lotado de sacos de saudade,
Fechado com a chave da felicidade!

Sou um baú,
Feito de esferovite,
Repleto de sacos de diversão,
Fechado com a chave da paixão!

Sou um baú,
Revestido de algodão,
Cheio de sacos de emoção,
Fechado com a chave do coração!

Sou um baú de pedra,
Para os que não merecem espreita-lo,
Sou um baú de esferovite,
Para aqueles que tentam e até conseguem abri-lo,
Sou um baú de algodão,
Para os amigos do meu coração!

Sou um baú,
Cheio de sacos,
Que fazem de mim,
O grande baú,
De quem sou,
Nesta vida que vivo,
Apenas sendo quem sou!

São os sacos,
Da minha viagem,
Nesta vida, que é uma miragem!

Susana V

domingo, 22 de abril de 2012

Reconhecerei?!


Porque é que continuo a gostar
Da pessoa que estão longe,
Que sei que mudou
Que já nem sei como é
Que já nem sei se conheço?

Sinto por essa pessoa
(Quase) exatamente o que senti
Na última vez que a vi
No último adeus

Por mais que digam
Por mais que saiba
O que é que essa pessoa faz
Como ela mudou
(Mesmo que seja para pior)
Continuo a vê-la
Como sempre a vi

Pergunto-me agora como será
Quando a voltar a ver
Quando voltarmos a falar

Será que vou continuar a gostar dela
A sorrir enquanto a oiço falar
A sentir aquela empatia
Que ficou desde aquele último dia?

Não!
Acho que vou sentir
Que estou perante um estranho
E em vez de sorrir
Vou ficar com um ar sério

E quando olhar para trás
A lembrar aquele dia com um estranho conhecido
Vou chorar com saudade
Do que já foi, não voltará a ser
De quem perdi e não voltarei a (re) conhecer.

Marisa V

Essência Humana!

Junta-se letras,
Forma-se palavras,
Palavras ditas,
Por vezes, não sentidas,
Frases escritas,
Por vezes, não ditas!

São sons que pronunciamos,
São meras palavras,
Que todos nós criamos,
São meras palavras,
Que todos utilizamos!

São frases, feitas,
Que não escapam a ninguém,
São meras palavras ditas,
Que não caracterizam ninguém!

Substitui frases, por ações,
Porque as frases voam do pensamento,
As ações ficam nos corações!

Substitui palavras, por atitudes,
Porque as palavras são esquecidas,
As atitudes são as tuas grandes virtudes!

De palavras se constrói o dicionário,
De atitudes se forma o humano!

Susana V

sábado, 21 de abril de 2012

Podia contar-te

Podia contar-te
A história da minha vida,
Mas para quê
Se nunca saberás a verdade
Se nunca perceberás o porquê

O importante das histórias
Não é onde se passa, como se passa
São as pessoas com que se passam
São os sentimentos que ficam,
Que se guardam para o resto da vida

Podia-te explicar
Como são essas pessoa,
Mas só se conhece alguém
Quando se convive com elas
Quando se partilha momentos

Podia-te explicar
Quais os meus sentimentos,
Mas os sentimentos não se explicam
São impossíveis de transpor para palavras

Podia-te contar
A história da minha vida
Mas nunca saberás nada

Conheces-me pelo que passaste comigo
Pelas palavras que te disse
Pelas ideias que trocámos

Os meus ideais
Podes até conhecer bem,
Mas a minha vida, a minha história,
Os meus sentimentos
Estão fechados, bem trancados

A chave?
Essa é minha,
De mais ninguém!

Marisa V

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Verde Esperança!

No meio do verde verdejante,
Corro na corrente do vento,
Apreciando a paisagem fascinante,
Deste temperamento!

No meio da terra firme,
Salto as pedras matreiras,
De uma forma sublime,
Dou um pontapé, no duro de que são feitas!

No meio da cantoria,
Vivo buscando harmonia,
Procurando um dia,
Ter a grande melodia,
Na minha vida,
A melodia que procuro todo o dia!

O verde é a esperança,
De um dia saltar todas as pedras,
Alcançando a cantoria,
De vida, que quero um dia!

És verde, verdejante,
Dás felicidade e esperança,
És uma beldade fascinante!

Susana V

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ciência das marcas

Na rotina da vida
Passa por ti e faz-se notar
De uma forma despercebida

Numa loja, na rua,
Na imprensa e televisão
Está em qualquer lado

Para onde quer que vás
Encontra-lo onde menos esperas
Em cada recanto
Passas sem perceber
Pelo sol que te faz despertar

Cresce a tua sede de querer,
Emerge a tua necessidade
Do desconhecido que precisas para te inovar
Diz-te o que precisas para viver

Vive inovando-se reinventando-se
Para melhor chegar até ti,
Para saber o que queres, como queres

Podes pertencer a um nicho
Ou ao consumo massificado
Nada passa ao lado do marketing,
Ciência das marcas e de marcar
Que vive da criatividade
Trazendo o futuro ao mercado

Marisa V

Razão de viver!

À três anos,
Não sabia o que queria da vida,
A três anos,
Vivia no dilema da vida,
Vivia uma aflição,
De não saber o que queria ser na vida!

A minha cabeça era uma confusão,
Não sabia o que escolher,
Apenas me guiei pelo coração,
Descobrindo o que quero ser,
Conduzindo-me à minha razão de viver,
A minha eterna paixão,
Que quero para sempre viver!

É na pista de dança,
Que vivo a agitação,
É no palco do teatro,
Que vivo a criatividade,
É na sala,
Que vivo o trabalho,
É num pavilhão de festa,
Que vivo a diversão
É em qualquer lugar,
Que vivo uma enorme satisfação,
Fazendo a vida de alguém,
Uma melhor recordação!

Luto por um sorriso,
Luto por uma pessoa,
Que merece mais, que um sorriso,
Mais que um abraço,
Mais que um pé de dança,
Mais que uma mão estendida,
Merecem-me!

É no recinto da agitação,
Que perco a noção do tempo,
Alegrando cada coração,
À medida da velocidade do tempo!

À três anos, não sabia o queria, desta vida,
Hoje sei bem, o que quero,
Encontrei o caminho certo, da minha vida,
Hoje luto pelo que quero,
Não baixo os braços,
Não desisto,
Ergo os braços,
E persisto,
Em busca do meu lugar nesta vida,
Que é junto de vocês meus meninos,
Os idosos, que fazem da minha vida,
A minha razão de viver!

Susana V

terça-feira, 17 de abril de 2012

Amizade fenomenal

Não é preciso uma presença constante
Não é preciso uma conversa diária
Para saber que posso contar
Com aquelas pessoas especiais,
Amigos do coração,

Amizade fenomenal
Que foi crescendo
De uma forma tão natural,

Sem darmos conta
Já não passávamos uns sem os outros,
Tornámo-nos os melhores amigos,
Companheiros de luta
Criámos um mundo especial
Que só nos o estendíamos,
Só nós o conhecíamos

São expressões privadas,
Olhares trocados
Sem palavras para dizer
O que vai na mente
De cada um,
Basta olhar
Para perceber

Foram momentos, histórias
Que ficarão para sempre
Gravados na nossa mente,
Tatuados no coração.

Marisa V

Viver é lutar até vencer!

Nascemos sem pedir,
Morremos sem querer,
Temos o dever,
De viver,
O intervalo entre nascer e morrer!

Nascemos sem saber quem somos,
Vamos juntos aprendendo,
O que realmente somos,
Nesta vida, que vamos vivendo,
Procurando sustento!

Nascemos sem saber,
O que vamos ter,
Juntos vamos aprender,
Conviver e conhecer,
O que existe para viver!

Nascemos sem saber o que queremos,
Desta vida que vamos conhecendo,
À medida que vamos crescendo,
Percebemos o que queremos,
Caminhando no sentido,
Que queremos!

Nascemos sem certezas,
Procuramos alegrias,
Esquecemos as tristezas,
Dos nossos dias!

Nasci e vivo,
Lutando pelo que quero,
Nasci e vivo,
Lutando pelo futuro,
Que mais quero!

Susana V 

domingo, 15 de abril de 2012

Opção do desespero

Estou aqui em baixo,
Vejo o mundo a viver
Pessoas a correr de um lado para o outro,
Carros, comboios e tudo o mais
Vejo vida desperdiçada
Na correria do dia à dia
Sem lhe ser dada o devido valor

Pessoas passam pela vida
Como passam por mim
Desviam-se do que acham insignificante
Desviam-se e só olham de raspam
Quando algo lhe incomoda
E é obrigado a olhar

Eu estou aqui só
Sentado no chão
A esticar-te a mão,
Mas como me podes ajudar
Se nem a ti te ajudas?!

Eu estou aqui só
Desprezado a um canto,
Mas como me podes dar atenção
Se até a ti desprezas

Nessa tua correria,
Nessa tua monotonia infeliz
A que chamas viver

Eu também fui assim
Andei de um lado para o outro a correr
Sem valorizar o que de melhor tinha,
A minha família, a minha casa
A minha vida para lá do trabalho

Mas um dia tudo acabou
O trabalho desapareceu
E tudo o resto se desvaneceu
Na vida que nunca vivi

Fiquei sem casa, sem nada
A família?! Essa há muito que estava abandonada
Sem bem dar por isso
Abdiquei dos que me rodeavam
Abandonei-me a mim próprio

Hoje estou aqui
No meio da rua
Peço a tua ajuda,
Uma só moeda,
Um só sorriso

Mas não te olho,
Não quero ser reconhecido,
Não quero que vejam os meus olhos
Inchados de lágrimas
Envergonhados desta forma de vida,
A última opção de qualquer um,
A única opção vinda do desespero!

Marisa V

A adrenalina, chamou-nos!

Está uma noite fria,
O vento sopra,
A chuva que por vezes aparece,
Tornando esta noite fria,
Uma noite de inverno,
Uma noite que devia ficar em casa,
Enrolado numa manta, a ver um filme,
Mas não me apetece,
É uma noite fria,
É uma noite de sábado,
Que vou sair,
Para me divertir!

Saiu com o relógio, a marcar a uma da manhã,
A hora marcada,
Para te ir buscar,
Oh amigo de longa data,
Alinhas- te comigo,
Neste inicio da manhã,
Traçamos juntos o nosso caminho,
Nesta noite, que estava a bombar!

O nosso destino foi um bar,
Bebemos, talvez sem pensar,
Dançamos sem querer saber do tempo,
Vivemos a noite fria, sempre a bombar,
Não paramos no tempo,
Para sequer pensar!

Decidimos sair do bar,
Fomos viver outras aventuras temerosas,
Nas estradas perigosas, sem sequer pensar!

A adrenalina chamava mais alto,
Pisar o risco, viver o perigo,
Era o ponto alto,
Não pensamos,
Não agimos,
Não cuidamos de nós,
A voz chamo-nos mais alto,
Para o abismo!

Acabamos por seguir na onda da adrenalina,
Esquecendo tudo,
Apenas vivemos a adrenalina,
Acabando por, pôr um fim à nossa vida!

Hoje penso,
Porque arrisquei a minha vida, por um minuto!?
Hoje sinto,
A dor que causei, a quem deixei,
Hoje penso,
Hoje que é tarde,
Hoje que só os vejo sofrer,
Pela minha má cabeça,
A minha cabeça que não pensou,
Apenas brincou,
Naquela noite fria de sábado!

Susana V

sábado, 14 de abril de 2012

Tenho tanto sentimento!

Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pequenos pormenores

Posso parecer distante,
Que não me importo com nada
E a nada me prendo

Mas a verdade,
É que guardo cada momento, cada palavra
Guardo todos os pequenos pormenores
Aquelas conversas tolas sem sentido
Aqueles instantes distantes do mundo,
Numa outra dimensão

Sei de cor cada conversa
Que tivemos
Cada mensagem, cada desenho
Que partilhamos

São essas pequenas insignificâncias
Que caem no esquecimento
Mas que eu dou a importância,
É nelas que me concentro
Quando a saudade aperta

Quando a tristeza desperta
No meio de um dia aborrecido
Como tantos outros desde o nosso último adeus

Marisa V

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Olhar vazio

Varro o quarto com um olhar vazio
Perdido nas memorias,
Nas tristes recordações

Encontro na parede branca ao fundo
O mesmo olhar, o mesmo vazio
Como num espelho do tempo
Que me leva numa viagem temporal
Até à remota tenra idade
Onde tudo era novidade

A novidade passou a normal,
Normalidade banal
No crescimento inevitável
As diferenças hoje são notáveis

Cresci, vivi, aprendi a viver
Já não sou aquela pequena
Que vive na fotografia da parede
Que eu olho sem ligar dia após dia

Dessa pequena bebé
Só sobrou aquele olhar
Vazio, assustado
À procura do desconhecido

Com a experiência do passado vivido
Conheço as regras do jogo, as leis da vida
Responsabilidades que crescem
À medida que o tempo passa,
Que os anos sucedem

Fica a incerteza do destino
Onde as regras mudam sem pedir
Tumultos de vida sem sentido
Com todo um mundo a descobrir

Como a menina da fotografia
Ingénua, indefesa
Choro perante o desconhecido
Num desgosto sofrido

Com um olhar negro assustado
Temo o que o futuro trará
Vivendo na corda bamba
Na incerteza de cair desamparada
No futuro incerto da ambiguidade
Ou de ficar caída no passado certo
Vivendo assombrada na saudade

Marisa V

Sopro Musical!

O dia voo com o vento,
Que durante todo o dia soprou e soprou,
Fazendo as folhas dançarem,
Enroladas na dança do vento,
Fazendo as pessoas voarem,
No seu pensamento!

Soprava bem alto,
Era um sopro musical,
Que se tornou num teatro musical,
Neste dia onde o vento foi,
O actor principal do musical,
Onde a agitação do mar,
Era o palco principal!

Todos nós eram os espectarores,
Deste musical,
Onde assistíamos à dança das folhas,
À cantoria do vento,
À beldade do agitado mar,
Que fizeram deste dia,
Um grande musical!

O vento sopra com garra,
Levando o dia à sua frente,
Deixando para trás a noite sem graça,
Que agora se apresenta!

O dia voo com o vento
A noite aterrou com o silêncio,
Que nos leva a sonhar ,
Que nos deixa no silêncio,
A escrever sem pensar,
Sem perder tempo,
Nesta noite estrelada sem vento!

Susana V

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Dança sem fim

Numa dança sedutora
Dizes-me tudo com o teu corpo
Não precisamos de palavras
Quando os passos vibrantes
Seguem os compassos
Das batidas sonantes

Pela pista se esvanecem
Entre os pares que nos rodeiam
E se afastam para deixar passar
A coreografia do nosso amor

Feita na melodia que paira no ar
Fica presa em nós,
Nos nossos corpos permanecem
Esses passos ritmados
Conduzidos pela paixão

Prendem olhares,
Roubam a atenção
Daquela voz que nos guia
Numa música com história,

A história desta dança
E de todas a outras
A história que fica por contar
E que é contada sem ninguém perceber
Nos rodopios do nosso amor
Parece uma lenda, uma fantasia
Mas é uma dança apaixonada
Abençoada pela magia, 
Poder que nos absorve
Entrega que nos consome

Entrego-me a ti
Entregas-te a mim
É uma dança sem fim

Marisa V

Colorida Vida!

Vivemos no meio da multidão,
Rodeados de pessoas diferentes,
Que nos enchem o coração,
De amizades diferentes,
Onde cada pedaço de multidão,
Deixa a sua marca diferente,
Ocupando o coração!

Pessoas conheço muitas,
Conhecidos tenho muitos,
Amigos são poucos,
Mas os necessários para preencher o meu coração,
De felicidade,
De amizade verdadeira,
São os essenciais, que no meio da multidão,
Se destacam, a olhos vistos,
Que se destacam diante dos meus olhos,
Por serem quem são,
Por ser eles mesmo, não sendo quem não são,
São verdadeiros amigos!

São os amigos que enchem o meu coração,
Preenchem a minha vida,
Dando sempre alegria e diversão,
A todos os dias da minha vida,
Que sem eles não seria a mesma,
Colorida vida!

Cada amigo é diferente,
Cada um deixa me um bocadinho,
Leva outra bocadinho,
De mim,
Deixando sempre a sua diferença,
O seu pedacinho que me cativou,
Na alma de quem sou!

Susana V

terça-feira, 10 de abril de 2012

Banda sonora

À medida que a música vai tocando
Os meus olhos inchando
As lágrimas salgadas escorrem-me pela cara
São lágrimas de emoção,
Lágrimas de saudade
Do que é a minha devoção

O coração bate cada vez mais veloz
Ao som dessa canção
Que é para nós e sobre vós

Fico arrepiada por vos ver,
Foram uma bênção na minha vida
Bênção que irá permanecer
Apesar de já não vos voltar a ter
Como grupo, como um só

Foram anos de alegrias,
Alimentaram as minhas fantasias
Convosco eu cresci,
Sobrevivi a crises
Só com aquela música que me acalma

Banda sonora da minha alma,
Inspiração para viver
Entre a raiva pela crueldade
Das partidas que a vida nos prega
E a harmonia que me embala
E me guio ao som da vossa melodia
Marisa V

És o meu vício!

De manhã,
Quando abro a janela,
Vejo o lindo sol brilhante, desta manhã,
Cheiro o teu perfume,
Fresco e sublime,
És tu,
O primeiro cheiro da manhã,
Não te vejo ao abrir a janela,
Mas sinto a tua presença,
Doce e sublime,
O teu perfume, que me acorda pela manhã!

Encantas-te desde o primeiro dia,
Que te cruzas-te na minha vida,
Cantas-me cada dia uma melodia,
Que me fascina, dia após dia!

Entras-te na minha vida,
Sem avisar,
Permaneces-te nela,
Sem perguntares, se podias ficar,
Foste aos poucos conquistando parte de mim,
Sem pedires para entrar,
Hoje vives dentro de mim,
Sem saberes porquê!

És lindo, por fora,
És fantástico, por dentro,
És azul, por fora,
És calma por dentro,
És o meu vicio!

Foi com a tua sublime dança de ondas
Que me conquistas-te,
Foi com a tua voz delicada,
Que me fascinas-te,
Foi com o teu perfume de maresia,
Que me seduziste,
Foi a tua presença sublime,
Calma e harmonia,
Com que apareces-te na minha vida,
Que me seduziste!

Susana V 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Viver a poesia


Poesia
É estar sentada à beira da arriba
A ver o mar a dançar
Ao som do bater das ondas na areia,
Das gaivotas no céu a cantar,
Do vento a bater nas folhas palmeiras
Que bate também na nossa cara

Poesia autêntica
É falar só por falar
Sem nenhuma razão de ser,
Sem medos e sem pudor

No meio de canções e danças
Em compasso com o movimento
Do paraíso natural
Na união do campo ao mar

Livre da confusão
Num universo colateral
Que é nascer à beira-mar
Crescer em harmonia
Numa filosofia especial
Viver a poesia sem pensar

Marisa V

sábado, 7 de abril de 2012

Pedaço de mim!

Adormeço a ouvir-te,
Sonho com melodias,
Acordo a cantar-te,
Alegrando todos os meus dias!

Canto agora esta,
Canto daqui, a pouco aquela,
Canto uma qualquer,
Que me alegre o coração,
Que me traga recordação, ou não,
Canto sempre com muita diversão,
Esta ou aquela,
Que me alegra o coração!

Vivo o meu dia,
A trautear uma melodia,
Desde o nascer o dia,
Até acabar a luz deste dia!

Trauteio notas,
Entoo-o musicas,
Desafinada ou não,
Trauteio musicas,
Não quero saber, não,
Se canto bem ou não,
Apenas canto musicas,
Alegrando meu coração!

Vives dentro de mim,
Oh musica,
Fazes parte de mim,
Oh musica,
És um pedaço de mim,
Sou um pedaço de ti!

Susana V


Última dança


Segue a balada junto a mim
Agarra-me a corpo,
Beija-me com prazer,
Vem dançar esta dança sem fim
Já não consigo pensar viver
Sem ser assim

Danças meigo e terno
Como meigo e terno é o teu tocar
Perco-me num calor de inferno
Que se apoderou de mim

Meu porto de abrigo,
Partilha comigo
Este momento, que lamento
Ter de acabar

No fim da canção
Um último suspiro,
Um último beijo

É a última dança
Guardo e levo no coração 

Marisa V

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O meu paraíso!


Hoje sou uma ave,
Que voa, livremente,
Sou uma ave,
Que rasga o vento livremente!

Voo sem parar,
Voo sem pensar,
Voo bem alto,
Até me cansar!

Sigo os ventos,
Guio-me pelo sol,
Orientada pela linha do horizonte,
Saciando-me do mar,
Que é a minha fonte!

Sou livre de voar,
Corro por cima do mar,
Sinto a brisa que paira no ar,
Deixo para me refrescar,
Sanicando-me na água do mar!

Sou uma ave,
Que rasgando o vento,
Voo perdida no meu tempo!

Sou uma ave,
Que descansa no ar,
Onde tudo é branquinho,
Onde tudo é fofinho,
Furo por entre o branquinho,
Deitando-me no que é fofinho,
Deito-me no algodão que são nuvens,
Aquelas que parecem algodão doce,
Que pairam no ar,
Aquelas que apetecem tocar!

Vivo num paraíso,
Onde voo livremente,
Feliz e contente,
Onde voo livremente,
Rasgando o vento,
Por cima do mar,
Debaixo do céu,
Onde durmo nas nuvens,
Onde durmo no meu paraíso!

Susana V



Já nada sei

Escondo-me atrás de uma rocha dura e fria
Para esconder as minhas lágrimas salgadas
Que escorrem por dentro de um turbilhão
Da saudade do passado
Até à incerteza do meu fado

Batem-me as ondas ferozes
Nesta minha rocha
Batem-me e moldam-me
À medida que o tempo passa
Tornam-me mais forte, mas resistente

Por muito que custe tenho que ser resistir,
Guardar as minhas lágrimas
De quem não as merece

Escrevi a minha história na areia
Usando-a como se fosse páginas
De um livro da minha vida
Que pensei que seria perfeita
Mas da qual saí desfeita

Pensei que se prolongaria
Por muito e muito tempo
O que no fundo sabia
Que acabaria por desaparecer
Levado pela cruel ondulação que vai e vem
Mas o que levou já não mo devolvem

Não me devolvem todos os sorrisos
As pessoas de que preciso
Ou pensei que precisei
Pois agora já nada sei

Marisa V

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Vivo da saudade!

Vivo na monotonia da vida,
Onde os dias, são todos iguais,
Queria mudar de vida,
Queria voltar a tempos passados,
Onde cada dia era diferente,
Não eram iguais,
Eram tempos bem passados!

Vivo com a saudade,
A saudade de voltar a estudar,
Saudade da felicidade,
Que é trabalhar!

Vivo recordando,
O que fiz,
O que fui fazendo,
Vivo recordando,
Momentos…

Vivo com felicidade,
Das vitórias que alcancei,
Vivo com saudade,
De tudo o que fiz,
De tudo, que não volta,
De tudo que me fez chegar à felicidade!

Vivo com satisfação,
De missão cumprida,
Vivo de felicidade,
De experiências inexplicáveis,
Vivo de recordação,
De pessoas, momentos inigualáveis,
Vivo da saudade,
Dos momentos que me encheram o coração!

Vivo nesta monotonia de vida,
Recordando a outra vida,
Onde estudava,
Onde trabalhava,
Onde vivia a verdadeira vida,
Agitada e stressada,
Onde simplesmente vivia,
Onde cheirava,
O perfume das folhas,
Onde via o encanto do trabalho
Onde apreciava grandes obras,
Onde vivi e vivi,
Com grandes pessoas,
A vida de estudante,
A vida de que tenho saudade!

Gostava de ter uma máquina,
Onde carrega-se num botão,
E pudesse voltar com a máquina,
Ao passado que levo no coração,
Mas como não existe máquina,
Recordo com muita emoção,
Todos os momentos, todas as pessoas,
Que fizeram da minha outra vida,
Um grande lençol de emoções,
Alegrias e satisfações,
Guardo tudo, na minha máquina,
A máquina que me faz viva, nesta vida,
O coração! 

Susana V

Gaivota caminhante


Cortaram-me as asas
E com elas levaram-me o coração
Sou agora uma gaivota presa ao chão
Num mundo livre de voar
Mas tão difícil de o fazer

Cortaram-me as asas,
Sem elas não posso voar
E com estas curtas pernas
Não me deixam correr

Por isso caminho devagar
Perdida entre o querer e o não ter
Caminho até ao mar
E fico à beira a sonhar
Um dia o céu poder alcançar

Marisa V

terça-feira, 3 de abril de 2012

Insónia!

A meia-noite já badalou,
Deitada estou,
Pensando no que virá,
Reflectindo no futuro que se seguirá!

O futuro é incerto,
Ninguém sabe, o que ele trará,
O futuro não é certo,
Só o tempo, o dirá!

Já é uma da manhã,
As pestanas não fecham a cortina,
Penso como será o amanhã,
Esperando o cair da cortina!

Dou voltas e voltas,
Acabando por pensar no que aí vem,
Dou voltas e reviravoltas,
Na minha cabeça,
Que mais parece um vaivém,
De pensamentos voltados,
Para o dia que aí vem,
O futuro!

Olho para o despertador,
Batem as três da manhã,
- Já é tarde Srº Despertador!
O que será de mim amanhã?
- Uma cabeça, cheia de dor!

As horas passavam,
Sem eu perceber,
Enquanto os outros sonhavam,
Eu pensava o que hei de fazer!?

Pouco a pouco a luz espreita,
Dos buracos dos estores,
Que com a luz enfeita,
Os botões dos meus ursos actores!

E lá foi uma noite perdida,
Uma noite em claro, 
Uma insónia não merecida!

Susana V

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Coragem de ser (in)diferente


Não vale a pena sofrer
Não vale a pena viver assim
Não vale

Não vales nada para mim
Não quero saber da tua opinião inútil,
Desse teu mundinho vil

Não quero saber se gostas
Não quero saber se que me criticas
Se falas é porque tens inveja,
Porque não tens coragem de ser indiferente
A quem olha de lado
Os que têm algo de diferente
Os que olham de frente para a vida
E não te preocupas com quem está atrás
A criticar ou gozar

Fala, grita
Diz a verdade
Ou acrescenta pontos aos contos
Com a tua falsidade

Não me importo
Sigo o meu caminho
Única, original
Longe desse mundo infeliz
Tão natural, tão banal

Afasto todo esse preconceito
De procurar o perfeito
Por quem tem mais defeitos,
Essa ideia massificada
De que temos de ser todos iguais

Eu prezo os meus caprichos originais,
Orgulho-me das minhas características especiais
Abomino o que massificado,
Viro a cara ao muito usado

Quero marcar, fazer a diferença
Não me vou importar
Com quem se importa com a minha diferença.

Marisa V

Álbum de Recordações!

Estou recheada de recordações,
Vivências e muitas emoções,
Recordo grandes corações,
Que me deixaram belas recordações!

São vivências passadas,
Histórias jamais regressadas,
São momentos perdidos,
Emoções jamais esquecidas!

Cada momento, é gravado,
Gravado no nosso coração,
Cada momento fica fotografado,
No álbum da recordação!

É um álbum especial,
Que conta a minha história,
Sem se ver o final,
Apenas vai contando a história,
De uma vida especial!

Folheio-o,
Recordação, atras de emoção,
Toco-o,
Vivência, atras de experiência,
Assim é o álbum da recordação,
Uma grande história de experiências,
Que as guardo todas no meu coração!

Álbum da recordação,
Que folheio e toco,
Alegrando meu coração!

Susana V

domingo, 1 de abril de 2012

Quando estamos sós


Adoro quando estamos sós
Perdidos num olhar profundo
Embevecidos por um amor tão puro,
Sem fundo

Unidos da partilha do sentimento mútuo
Que faz bater o coração,
Que faz ecoar as tuas palavras doces e amáveis
Tornando todos os nossos momentos incomparáveis

Memoráveis, os teus sorrisos
O teu toque meigo
Que me faz ferver e gelar
Num misto de sensações

A cada dia que passo contigo
Fico mais feliz
Com mais vontade de viver,
Correr o mundo e gritar
O quanto te amo,
O quanto de quero

Conto cada segundo para estarmos juntos,
Espero e desespero
Quando não estás aqui
Sinto-me incompleta,

Diz-me que sou a tua predilecta,
Que também precisas de mim
Para que a vida faça sentido
Assim eu como eu quando estou sem ti,
Será que também te sentes perdido

Não sei o que te vai na cabeça,
Mas sinto o bater do teu coração,
Sinto o acelerar da tua respiração
Quando te aproximas de mim,
Quando me beijas,
Quando me desejas,
Quando te dou tudo o que sou

Somos dois num só
Não há eu nem tu,
Há apenas um nós
Que proclama a uma só voz
O sentimento mais singelo e mais belo,
Mais puro e mais digno
O amor

Marisa V

Um pedaço teu!

A vida é feita de partilha,
Entrega e convivências,
A vida é feita de experiências!

Não estamos sós neste mundo,
Existe muito mais a descobrir,
Muitas pessoas, neste mundo,
A precisar de ajuda para colorir,
O seu pequeno canto, neste mundo,
Que apenas precisam de ajuda,
Apenas precisam de motivos para sorrir!

Cada pessoa tem uma história,
Cada pessoa, conta uma vida,
Cada uma tem uma vitória,
Que travou na sua vida,
Cada pessoa é digna,
De grandes memórias,
Ajuda tu, a colorir,
As páginas das suas histórias!

Não estamos sós,
Olha em redor,
Não estás só,
Tens pessoas a pedir o teu amor!

Dá um abraço,
Retribui um beijo,
Oferece um sorriso,
Partilha um desejo!

Dá um pedaço teu,
Abre-te ao mundo,
Dá um pedaço teu,
Ajudando um pouco o mundo!

Pinta o céu de alguém,
Decora a vida de alguém,
Com amor,
Cor e sabor,
Dá alegria, a quem tem dor!

Se dá com amor,
Não dá, recebe!

Susana V