sexta-feira, 6 de abril de 2012

Já nada sei

Escondo-me atrás de uma rocha dura e fria
Para esconder as minhas lágrimas salgadas
Que escorrem por dentro de um turbilhão
Da saudade do passado
Até à incerteza do meu fado

Batem-me as ondas ferozes
Nesta minha rocha
Batem-me e moldam-me
À medida que o tempo passa
Tornam-me mais forte, mas resistente

Por muito que custe tenho que ser resistir,
Guardar as minhas lágrimas
De quem não as merece

Escrevi a minha história na areia
Usando-a como se fosse páginas
De um livro da minha vida
Que pensei que seria perfeita
Mas da qual saí desfeita

Pensei que se prolongaria
Por muito e muito tempo
O que no fundo sabia
Que acabaria por desaparecer
Levado pela cruel ondulação que vai e vem
Mas o que levou já não mo devolvem

Não me devolvem todos os sorrisos
As pessoas de que preciso
Ou pensei que precisei
Pois agora já nada sei

Marisa V

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