Numa noite de sábado, preenchi meu serão a ver uma serie da televisão, os “Casos da vida”, que é passado no canal da Tvi ficção Uma serie que gosto muito de ver, por relatar casos verídicos, casos do quotidiano que vivemos… são essencialmente casos de vida, que nos fazem pensar no seu teor … Nesta noite a história baseou-se numa rapariga que encontrou o seu grande amor, certo dia, quis apresentar -lo ao pai, realizando um jantar em sua casa. Até aqui tudo muito bem, seu pai concordou o jantar de apresentação ao seu futuro genro. Ao chegar à noite do jantar, a campainha toca, era o novo namorado da sua filha. A face do senhor seu pai, ficou pálida, a alegria que tinha da sua filha ter um namorado, tinha desaparecido. Passou o jantar calado, demostrando a todos quanto permaneciam na mesa, a sua insatisfação pelo namoro, ontem tão festejado, hoje indesejado… Agora digo: sabem o porquê da exclusão do namorado!? Porque ele é de raça africana, porque sua filha é “branca” e amorado é “preto”… está é a único motivo de exclusão, porque o pai não se interessou por conhece-lo nem perceber o tão puro que era o seu coração… Mas não quis saber dos valores internos da pessoa, só deu valor ao exterior não ao puro interior…
Passado uns dias, começou a apresentar problemas de saúde, dirigindo-se ao centro de saúde, para fazer exames, fez e foi consultado por um médico da mesma raça que a dele, que a nossa, “branco”, dizendo de forma agressiva que tinha cancro…era um médico arrogante que se limitou a dizer, que “era um caso perdido” e quais fossem os tratamentos ou operações não iriam salvar-lhe a vida… ou seja, dei-lhe um único fim: a morte… Mas a filha não querendo ver seu pai degradando-se aos poucos, não desistiu, lutou por novas alternativas de cura, novas alternativas de vida… Foi então que encontraram num consultório, um médico milagreiro, um médico que lhe deu esperança com uma operação, operação essa que tal como todas têm as suas probabilidades de sucesso e insucesso, estavam todos receosos, mas partiu-se para a “Chance de vida”… E o dia chegou, a operação foi feita, correndo tudo muito bem, nas mãos de uma pessoa de raça africana… de um médico “preto”… E agora! A vida não prega partidas!? A pessoa que descriminava os “pretos”, deixou sua vida, entregue nas mãos de uma pessoa de outra raça, mas que possui coração no seu sítio, em vez do médico “Branco” que possuía uma pedra sem sentimentos no substituído o coração… E agora!? Não somos todos humanos apesar da cor? O que determina a humanidade é a humildade de cada carácter, não da cor com que ele se apresenta…
Posto isto, o pai quis falar com o namorado de sua filha e pedir-lhe desculpas, pela sua exclusão, pelo seu racismo, lamentando perceber o tão racista que era, no dia em que teve de lutar pela única “chance de vida”, que o “médico preto” lhe deu, não deixando-o ficar à espera da morte, a única saída que o “médico branco” lhe forneceu…
Quero com este “Caso da Vida” dizer que o racismo depende única e exclusivamente da mente de cada um. Começou porque assim o permitimos, continua porque assim o queremos e acabará quando todos, nos mentalizarmos que este tipo de preconceito só degrada a relação com o “outro”
Susana V
Gostei da história e do teu comentário... :)
ResponderEliminarbeijinho