sábado, 18 de outubro de 2014

Aperto no peito...



 No escuro de  um corpo,
Descoberto na claridade do dia,
Vive um coração,
Embrulhado num nó de angústia,
Feito por fitas,
A fita do querer,
E a fita do medo,
Na fita do querer,
Vive a vontade de ter,
De querer agarrar outro coração,
Um coração que aos olhos,
Deste coração angustiado,
É o ideal coração,
Para completar o que falta neste,
Que vive só,
Sabe que a perfeição não existe,
Que os erros também fazem parte,
Desta vida,
Por saber isso,
Por saber o que aparenta ser o outro coração,
Deixo-se cativar por ele,
E é aqui,
Que chega a fita do medo,
O medo de arriscar,
E sair com o coração ferido,
Com o coração despedaçado,
Por não coincidir a imagem que se tem,
Desse coração, com a quem mais tarde se desvenda,
É o medo de agir,
Medo de perder o que até agora se ganhou,
Medo de ser tudo uma ilusão,
De ser tudo o que se quer ver,
E não o que se vê,
Talvez seja mesmo isso o amor,
Uma ilusão,
Uma magia inexplicável aos olhos de quem o vê,
E no coração de quem sente...

É um nó que sente no peito,
De querer falar e a boca não se conseguir expressar,
É um nó no peito que se instala,
Durante o dia que decorre,
Até à noite que desce até nós,
Descendo ai, os sonhos,
Os sonhos com o outro coração,
Os sonhos, que desejamos que fossem reais...

É um nó no peito,
É uma instabilidade emocional,
É um misto de sentimentos,
É um medo instalado,
É um querer desejado,
São perguntas sem resposta,
São sentimentos que não se explicam,
Apenas se sentem,
Num coração apertado pelo amor,
E enrolado pela paixão...

Amor será a paisagem de uma vida apaixonada,
Quando a paixão for a personagem principal da história do romance a dois criado...

Susana V

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