segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Casa inocente


Uma pequena chama
Reclama o seu espaço
Aproveita-se do calor e do vento
Para se apoderar daquela mata, daquele pinhal
Tornando uma simples faísca
Num desgastante tormento

Como foi lá parar
Será uma incógnita
Para mais tarde apurar
Se foi por mão de quem não tem coração
Se foi pela natureza mal estimada
E pelo clima atraiçoada

Depressa a pequena chama
Se transforma num incêndio de grandes dimensões
Destruindo o que lhe aparece pela frente
Ameaçando indefesas populações

Aparece sem avisar
Vai-se aproximando rapidamente
Daquela casa inocente

Está lá dentro uma família desesperada
Não sabem o que o futuro dirá
Se aquele inferno lá chegará

Ouvem-se sirenes a apitar
Num tom aflição
Que fala por todos os que vivem tal situação,
É o choro do povo
Que vai ter de começar de novo

Chegados ao local de perigo eminente
Para a família que desespera loucamente
Conseguem acalmar aquele ambiente infernal
Apagando-o naquele local
Deixando a família mais descansada
E num suspiro invadido pelo fumo,
Num cenário queimado pelas chamas
Darem um abraço de força e união
Agradecendo aos bombeiros
A sua salvação

Marisa V 

2 comentários:

  1. Não me poderia identificar mais com isto do que agora. Na minha cidade de origem a coisa está deveras complicada. Ainda me aflige mais não estar lá e só ir tendo novidades de vez em quando. É uma situação nada agradável.

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    1. Compreendo, eu tenho família muito afastada num dos piores fogos do país e fico apreensiva, se fosse na minha cidade de origem ainda ficava pior. Mas vai correr tudo bem, acredita!

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