A "Alma em Papel" é um misto de sentimentos, vivências e imaginação trancritos para poemas, textos ou simples frases soltas.
No fundo consiste num mar de palavras do oceano da vida, levadas nas correntes da Alma de quem as escreve
Depois de dias adormecida
Vem fervorosa a imaginação
Depois de dias escondida
Num recanto do coração
De lápis e papel na mão
Me entrego a ela
Com a alma cheia de sentimento
Desfrutando deste momento
Que é ser a escrever
Que é escrever com a emoção
Do regresso de uma paixão
Minha poesia da vida
Numa vida de poesias
Que me correm nas veias
Aquecendo-me o corpo
Outrora adormecido, despertou
Dizendo-me quem sou
Sinto um vazio em mim,
Angustiando meu dia,
Untado meu corpo de saudade,
Daquela vida que vivi,
Alegre, em plena felicidade,
Dedicava-me trabalho de estudante,
E aí estava feliz…
Deito hoje, gotinhas de água doces, no meu rosto amargo pelo vazio,
Aquelas que saem na dança da saudade…
Foram os dias mais felizes da minha vida,
Aqueles que vive na minha segunda casa,
Movimento nela existia, dança, musica e muita alegria,
Inigualáveis momentos jamais existiram,
Livremente escolhi-a, para ser minha segunda casa,
Intimamente
Amei-a e amo…
Escola a quem eu deixei um pedaço de mim,
Saudade o que ela hoje deixa em mim,
Coração cheio de memórias por causa de ti,
Olhos cheios de água quando peço em ti…
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhas de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dize-lo cantando a toda a gente!
Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho,
Por mais amigos que tenha sinto-me sempre sozinho.
De que vale ter a chave de casa para entrar,
Ter uma nota no bolso pr'a cigarros e bilhar?
A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr'a me tramar!
Passo horas no café, sem saber para onde ir,
Tudo à volta é tão feio, só me apetece fugir.
Vejo-me à noite ao espelho, o corpo sempre a mudar,
De manhã ouço o conselho que o velho tem pr'a me dar.
A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr'a me tramar!
Hu-hu-hu-hu-hu, hu-hu-hu-hu-hu.
Vou por aí às escondidas, a espreitar às janelas,
Perdido nas avenidas e achado nas vielas.
Mãe, o meu primeiro amor foi um trapézio sem rede,
Sai da frente por favor, estou entre a espada e a parede.
Não vês como isto é duro, ser jovem não é um posto,
Ter de encarar o futuro com borbulhas no rosto.
Porque é que tudo é incerto, não pode ser sempre assim,
Se não fosse o Rock and Roll, o que seria de mim?
A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr'a me tramar!
Não há-á-á estrelas no céu...
"O dia mais belo: hoje A coisa mais fácil: errar O maior obstáculo: o medo O maior erro: o abandono A raiz de todos os males: o egoísmo A distração mais bela: o trabalho A pior derrota: o desânimo Os melhores professores: as crianças A primeira necessidade: comunicar-se O que traz felicidade: ser útil aos demais O pior defeito: o mau humor A pessoa mais perigosa: a mentirosa O pior sentimento: o rancor O presente mais belo: o perdão o mais imprescindível: o lar A rota mais rápida: o caminho certo A sensação mais agradável: a paz interior A maior proteção efetiva: o sorriso O maior remédio: o otimismo A maior satisfação: o dever cumprido A força mais potente do mundo: a fé As pessoas mais necessárias: os pais A mais bela de todas as coisas: o amor."
O mundo é como um espelho,
Que devolve a cada pessoa,
O reflexo de seus próprios,
Pensamentos e atitudes,
É um grande espelho,
Que reflete a essência de cada pessoa,
Onde oferece suas virtudes,
Onde aponta seus defeitos,
Onde apresenta quem és,
No mundo, onde cada um,
Deve viver sendo quem é…
O mundo é como um espelho,
Que oferece, o que lhe é dado,
Somente a forma como cada um,
Encara e vive a vida,
É que faz mudar,
A imagem que o mundo oferece…
O mundo é um espelho,
Por ti criado,
Se não gostas do teu espelho,
Muda o que até aqui lhe foi dado…
Cada um de nós escolhe,
Seus próprios caminhos,
Aqueles que cada um colhe,
Sua própria terra,
Suas próprias pedras,
Que cobrem seus próprios caminhos…
Cada um tem o direito,
De escolher o caminho,
Que quer traçar,
Não escolhendo as pedras,
Que terá que saltar,
Para até à meta chegar…
Cada um procura,
O caminho que para si é o melhor,
Sabendo a sua medalha,
Não sabendo a batalha,
Que o espera…
Cada um de nós,
Vive numa incógnita constante,
Começando pela vida,
Que muda a cada passo dado,
No caminho incógnito,
Não sabendo, o que nele se irá passar,
No chão torto ou direito,
Deixando cada um na incógnita,
Do que irá pisar,
Terminando em nós,
Que nos moldamos,
Consoante o chão que pisamos…
A vida é uma incógnita,
O caminho é uma posta,
O chão é um mistério,
E nós uns exploradores,
Explorando a vida,
Vivendo na incerteza,
Lutando por uma certeza…
Se te amo?
Amar-te é banal
Com tanto sentimento que tenho
Com tanto que mexes comigo
Amor é pouco
Para olhar tão profundo
Com que me queimas
De paixão
Paixão é coisa passageira
Diz que o amor é que é eterno
Mas neste tempo moderno
Amor é tão vulgarizado
Quão o disco mais rodado
Rodo e torno a rodar
Por mil emoções
Que me enchem de tentações
Numa sede de te ter
Numa fome de me prenderes
Neste sentimento singular
Que é só nosso
E só por nós entendido
Um amor para além da paixão
Uma paixão para lá do desejo
Um desejo de amar
Amar
Amar, toda a gente ama
Eu amo-te para além do amor
Banalizado pelo senso comum
Eu amo-te para além do amor
Neste incenso que vem da chama
Que arde com a nossa união
Que é muito mais que amor e paixão
É fogo, é carinho,
É desejo, é tentação
É tudo num turbilhão de amor
Muito para além de amar
Vivo rodeada de fantasmas Os fantasmas do passado Visitam-me todas as noites Mas não me importo. Até gosto.
Gosto infantilmente De viver uma vida paralela No mundo dos sonhos. É uma vida sonhada e desejada Que me faz acordar feliz
O pior é os fantasmas do presente, Com os quais tenho que lidar Todos os dias
Estão por todo o lado A cada passo dado, A cada esquina virada, Nas entrelinhas de cada conversa, Por detrás de cada pessoa.
Tenho fantasmas porque tenho medos! E o que são os fantasmas se não medos?! O medo de jamais ter O que me enche a alma de saudades Do que foi um passado bem passado.
O medo de cada palavra mal dita ou interpretada, O medo de cada olhar cruel, O medo de ser vaiada ou criticada A cada dia que passa, O medo do que virá, Do futuro incerto Em que a dificuldade é o mais certo
O futuro O futuro terá sempre fantasmas O futuro é o maior dos fantasmas Porque é aquele que não conheço.
No silencio do barulho,
Dou liberdade ao cabelo,
Desamarrando-o do elástico,
Que o prende,
Não deixando-o ser livre,
Na sua própria casa,
Que lhe pertence…
No silencio do barulho,
Abro a porta da tranquilidade,
À mãe do corpo humano,
A cabeça,
Que durante o dia trabalha,
E à noite sonha com a sua felicidade…
No silêncio do barulho,
Fecho as janelas que veem,
As cores do dia,
As que agora veem,
Somente a cor da noite…
No silêncio do barulho,
Meu cabelo dança,
A cada sonho de musica,
Meus olhos cantam,
A cada sonho de dança,
Minha cabeça sonha,
A cada sonho que sonho…
Até que o silêncio do barulho,
É acordado pelo barulho do silêncio,
Abrindo as cortinas do barulho,
Fechando a janela do silêncio,
Abrindo a porta do dia,
Fechando as precianas da noite…
Neste dia, pelo sol iluminado,
Levaste-me,
Nesta tarde pela luz encarnada
Rapaste-me…
Nesta fim de tarde,
Surpreendeste-me,
Neste momento de dia,
Ofereceste-te,
Para me cuidares
E para sempre me amares…
Pegaste em mim,
E levaste-me,
Para junto de um espelho,
Naquele em que aparecemos agarradinhos,
Como um casal de pombinhos…
Agarras-te em tua pombinha,
E raptaste-a,
Para a beira do lago,
Junto de um espelho encantado,
Naquele em que se reflete,
Um casal enamorado…
Debaixo do sol,
Agora a pôr-se,
Por cima da terra firme,
Agora prensada pelo nosso peso,
Em frente ao lago,
Agora perdendo o brilho do sol,
Tu, sussurras-me ao ouvido,
Os pormenores da vida,
Despertam-nos para o conceito,
Que é constituída a vida:
De pequenos gestos:
Um beijo repuxado,
Um abraço apertado,
Uma flor dada,
Ou uma simples palavra prenunciada…
De pequenas atitudes:
Uma mão estendida,
Uma prenda oferecida,
Uma mensagem diária
Ou uma simples acção solidária…
De pequenas memórias:
Umas amizades criadas,
Umas aventuras realizadas,
Umas conversas engraçadas,
Ou uma simples tarde de gargalhadas…
De pequenos momentos:
Onde habitam os gestos,
Onde residem as atitudes,
E onde moram as memórias,
Que formam mil histórias,
Em cada vida repleta de vitórias...
De pequenos momentos vividos,
Forma-se um só momento,
A vida...
Escondo-me,
Num lago de palavras,
Encontro-me,
Num rio de quadras
Liberto-me …
Num deserto de silabas,
Procuro a silaba tónica
Num jardim de frases
Procuro o frase simples,
Num campo do alfabeto
Procuro a poesia…
Na escrita poética,
Procuro o desabafo
Nas letras que junto,
Procuro fazer história,
Nas frases que completo,
Procuro recordar memórias,
Nas quadras que crio,
Procuro a voz do coração,
Aquele que é o artista da criação…
Em tudo procuro,
Não sabendo ao certo, o que tanto procuro,
Em tudo encontro,
Não sabendo ao certo, o que encontro,
Em tudo que procuro, encontro,
Um sinal de escrita,
Que nem procuro, nem encontro,
Aparece, consoante a escrita,
Que flui, como uma nascente viva…
Passas-te teu pincel, no meu papel branco,
Riscando-o com traços firmes,
Inclinados como a vida,
Minuciosamente desenhas-te , a alegria da tua vinda
Ao país natal, à terra mãe...
Esperança possuía, em um dia ter a tua cor, a decorar meu papel
Sempre acreditei na tua vinda,
Partiste um dia, sem deixar uma macha de tinta,
Esperei eu e a folha, pela tua tinta,
Remei sozinha para encontrar a macha que me faltava,
Orientado meu desenho, que sem ela não terminava
-
Terminas-te o desenho e voltas-te a partir,
Escrevendo no sol radioso: “A macha perdida foi encontrada e jamais deixada …”
Nesta noite estrelada,
Onde meu candeeiro é a lua,
E meu banco é a nuvem,
Sonho poder ter-te sentado,
Ao meu lado…
Fazendo de uma noite estrelada,
A uma noite encantada,
Pela tua essência deitada,
No algodão da nuvem,
Que aquece meu coração,
Nesta noite onde a escuridão,
É assustada pela luz da paixão…
Enroscada sonho,
No meu banco enfeitiçado,
Pelo cupido do amor,
E a fada da paixão,
Aquela que é acesa pela luz da lua,
Cuidada pelo aconchego da nuvem,
E alimentada pela força do coração…
Sonho uma noite,
Ter-te aqui,
Junto a mim,
Iluminados pela lua,
Aconchegados pela nuvem,
As testemunhas do amor,
Que eu tenho por ti,
Quem eu sou? O que quero? Porquê eu? O que me irá acontecer?
São tantas as perguntas Que me enchem a cabeça São nenhumas as respostas Que aparecem
Tenho sentido coisas diferentes Sentimentos que, apesar De já me terem provocado O desejo e coração, Agora estão mais intensos
Sinto mais intensamente O que não sei se é sentir
Não consigo deixar de pensar Nesse sentimento que me descontrola Que me desorienta
Tento encontrar uma orientação, Quero encontrar a minha orientação Descobrir se é só uma Ou se tenho duas orientações Que me preenchem o coração Que me provocam novas sensações
Só queria perceber O que estou a sentir Só queria saber Como devo de agir
Abrir-me e falar, Desabafar Esta minha angústia. Será esta a melhor opção?
Ou será melhor esperar Ver o que acontece Deixar rolar os sentimentos Confusos que me atormentam
Se falar não devo ser compreendida Eu preciso de compreensão Preciso de uma palavra que me diga Que não devo ter vergonha do que sou De alguém sem preconceitos Que me apoie na minha condição Seja ela diferente, ou não
Numa noite escura,
Meu coração,
Deu asas à sua libertação,
Libertando a recordação,
Que o agita na sua escuridão…
Agita-se no escuro,
Onde ninguém o vê chorar,
Mas que no seu rosto as lágrimas saem a dançar…
Saem na dança,
Tocada pelo instrumento da memória,
Aquele que toca a sua história…
Toca a sua história,
Através do livro da recordação,
Aquele que depois de desfolhado, só sai emoção…
Sai emoção,
Através do instrumento musical,
A memória,
A que toca a musica da saudade,
Fazendo-o lembrar da história,
Que ontem a si, trazia felicidade,
Hoje apenas traz saudade…
Traz saudade o que ontem viveu com alegria,
E que hoje recorda com tristeza,
De não poder voltar aquele dia,
Que fez da sua vida um jardim cheio de beleza…
Um jardim cheio de beleza,
Foi o que o coração plantou,
À porta de minha casa ele deixou,
As mais lindas flores da recordação,
Aquelas que quando tocadas pelas minhas mãos,
Abrem as janelas das lágrimas,
Aquelas que dançam agora, no rosto,
De quem possui um coração cheio de saudade…
Diariamente devemos semear,
Imensas ternuras,
Aconchegando o coração de quem te soube ensinar…
Dia após dia devemos plantar,
Amor enchendo o coração, de quem te soube acarinhar...
Perante cada dia todos devemos,
Espalhar beijos e abraços,
Semeando amor nas bochechas
Semeando calor nos braços
Olhando nos olhos nos comovemos,
Agindo de coração, com quem um dia nos ensinou uma canção
Intimamente devemos todos os dias,
Dizer que amamos,
Os idosos de hoje, os que nos viram crescer ontem,
Sabiamente devemos,
Acarinhar quem nos deu colo e que hoje de colo precisa…
No papel em que escrevo,
Ofereço o microfone ao coração,
Aquele que conduz minha mão,
Desenhando as letras que escrevo,
Dando libertação à recordação…
No papel em que escrevo,
Dou o cargo de personagem principal,
À alma,
Aquela que não fala,
É muda, só se faz sentir,
Dando impulsos ao coração que grita,
Fazendo-o agir,
Comandando a mão por ela escrita…
Poesia é o alimento vital na vida,
De quem escreve de coração,
Deixando em aberto a sua interpretação…
Poesia é a marca da alma de quem escreve,
No papel rico que deixa,