Que pisas sem te questionar
Passas por mim naturalmente
Sem sequer me olhar
Não te condeno
Todos somos assim
Habituamo-nos ao que temos
Sem darmos valor
Enquanto lá está
Porque é um hábito
Por que sou um hábito
Porque nunca me expus
Para ser mais que a rotina
Talvez tenha errado
Talvez também me tenha habituado
Hoje já não pisas este chão
Mas continuas a tê-lo presente
E continuas sem o olhar
Pergunto-me se um dia
Valorizarás o que pisaste
Sonharás com o que desesperaste
Não sei o que pensas
Não sei o que irá acontecer
Sei que sofro por não te ter
Neste meu chão
Sei que mesmo longe
Continuas a pisar o meu coração
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