Escrevo o que sinto,
Nas folhas brancos que pinto,
Escrevo o que não digo,
Nas folhas que decoro contigo…
Escrevo sem pensar,
No que irie escrever,
Escrevo sem regras,
Que contigo quero escrever…
Escrevo como forma de desabafo,
Do meu coração,
Que não aguenta com tudo sozinho,
Escrevo com emoção,
Deixando por vezes,
Cair lagrimas no chão…
Escrevo por opção,
Não por obrigação,
Escrevo por que necessito,
De deixar marcado o que é preciso,
O que é necessário, para ser recordado…
Escrevo para aliviar minha alma,
Que está cheia de alegria,
E que tem de partilhar,
Que esta cheia de tristeza,
E que tem de desabafar…
Escrevo sonhos,
Idealizo histórias,
Escrevo pensamentos
Descrevo momentos,
Escrevo contigo, lápis,
O que mais admiro nesta curta vida…
Escrevo passagens da minha vida,
Entrego-me de corpo e alma,
Ao papel, que é minha vida,
Entrego-me a algo, que me aclama,
A escrita…
Escrevo o que sinto,
Escrevo para mim,
Não escrevo para ser percebida,
Nem para sentirem o que sinto,
Só a mim, me diz respeito,
A dor sentida,
A vocês, leiam,
E fiquem com a dor lida…
Escrevo no meu mar de palavras,
No mar que gosto de viver,
Escrevo e sei que ninguém as vai sentir, como eu,
Nem perceber seu significado,
Mas não importa,
O mar, que é grande,
Também ninguém percebe sua magia…
Susana V
A "Alma em Papel" é um misto de sentimentos, vivências e imaginação trancritos para poemas, textos ou simples frases soltas. No fundo consiste num mar de palavras do oceano da vida, levadas nas correntes da Alma de quem as escreve
sábado, 30 de junho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Quarto secreto
Hoje não me sinto inspirada
Aliás, sinto-me particularmente desmotivava
Talvez seja o culminar do cansaço
Dos últimos dias,
Da monotonia frustrante dos últimos meses,
Ou melhor dizendo, do último ano
Estou farta da mesma rotina
Da mesma vida que nem vida parece
Quero dar o salto,
Quero viver,
Quero voar
Mas tenho um íman ao chão que piso
Que me não deixa ser quem quero
Que não me deixa voar até onde quero
E o que é que eu quero? Nem sei
Já não sei nada,
Não sei sorrir,
Não sei chorar
Só sei ficar
Sinto-me presa ao nada
No nada que tem sido os meus dias
Sinto uma claustrofobia de um presente sem futuro
Fechado entre quatro paredes
Bem apertadas e escuras
Que não me deixa respirar,
Que não me deixa pensar
Ligo então a música no máximo,
Ponho uns auriculares para ninguém me incomodar
É um escape ao mundo,
O que me mantém de pé e faz continuar
Faço da música o meu quarto secreto,
Um mundo de sonhos
Cheio de palavras que preciso de ouvir
Repleto de pensamentos que não ouso dizer
Trazendo à tona da margem da saudade salgada
Um sem número de recordações
Que me fazem viajar
Perco-me por entre letras e melodias
Encontro de novo o meu sorriso
Vou dançando num jogo mental
Insaciável nesta vontade de mudança
Já não quero voltar ao mundo real
Quero preservar este instante
Quero viver a minha dança
Do alto do meu pedestal
A minha música, o meu dançar
Este mundo já não vou
deixar
Marisa V
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Anjo
Anjo guardião que me abraças
Nunca te esquecerei pelos
Gestos bondosos, pelos sorrisos carinhosos
És pureza nessa tua maneira de ser
Lindo por dentro e por fora nesse teu viver
Inimitável, incomparável essa força, essa arte
Cantaste, dançaste, encantaste
Onde estavas havia alegria, havia festa, havia magia
Viveste uma vida cheia
Intensamente a cada segundo
Entre trabalho, lazer, família, amigos, fãs
Indiferente a diferenças , encheste-nos de doces
Recordações, bons momentos, palavras especiais, ensinaste-nos a
Acreditar, ensinaste-nos a viver.
Nunca te esquecerei pelos
Gestos bondosos, pelos sorrisos carinhosos
És pureza nessa tua maneira de ser
Lindo por dentro e por fora nesse teu viver
Inimitável, incomparável essa força, essa arte
Cantaste, dançaste, encantaste
Onde estavas havia alegria, havia festa, havia magia
Viveste uma vida cheia
Intensamente a cada segundo
Entre trabalho, lazer, família, amigos, fãs
Indiferente a diferenças , encheste-nos de doces
Recordações, bons momentos, palavras especiais, ensinaste-nos a
Acreditar, ensinaste-nos a viver.
Marisa V
Os meus Avozinhos…
Recuando no tempo,
Um tempo perdido,
Mas nunca esquecido,
Tudo tinha começado,
Com o dia que marcou este tempo,
O tempo de convívio,
Alegria e diversão,
O tempo que a todos alegra seu coração…
Tudo começou,
Com um amontoado de pessoas estranhas,
Com imensas instituições unidas,
Que para mim eram todas desconhecidas…
Foi um começo de uma nova vida,
Foi um cartão de Boas-Vindas,
Ao inicio da minha melhor experiência de vida,
A vida partilhada com outras vidas…
Hoje passando alguns aninhos,
Voltei ao sitio que começou a minha nova vida,
Com quem mais amo e admiro,
Os meus avozinhos,
Que decoram minha vida…
Hoje partilhei os mesmos momentos,
Que á alguns anos,
Dançei, comi, festejei, convivi,
Mas foi totalmente diferente,
Não eram os meus avozinhos de alguns anos,
Eram os meus avozinhos de alguns meses,
Não estava com a minha instituição de alguns anos,
Estava com a instituição de alguns meses…
Estava num canto,
Rodeada de pessoas, hoje não estranhas,
Cercada de instituições, hoje conhecidas,
Estava eu num canto, com os meus avozinhos de alguns meses,
Estava noutro canto, os meus avozinhos de alguns anos…
Foi um sentimento estranho,
Sem explicação,
Queria estar com os meus avozinhos,
Com quem inicie a minha nova vida,
A vida partilhada com pessoas crescidas,
Os meus avozinhos, os meus meninos,
Que estão sempre comigo,
No meu coração…
Foi um sentimento de saudade,
Estavam a uns pés descalços,
De eu os poder alcançar,
Mas só estive uns minutos,
Que para mim foram preciosos,
Mas não os que eu desejada,
Pois o que eu queria,
Era a eternidade de minutos,
Poder partilhar mais momentos,
Mais sentimentos mútuos,
Mas agora só de visita…
Saudade via-se no meu olhar,
Cada vez que os meus olhos os alcançavam,
Saudade via-se na minha face,
Cada vez que a minha face, procurava um beijo,
Saudade via-se nos meus braços,
Cada vez que os meus braços, procuravam um abraço…
Saudade é a voz do coração,
Gritando para onde ele quer voltar…
Susana V
Um tempo perdido,
Mas nunca esquecido,
Tudo tinha começado,
Com o dia que marcou este tempo,
O tempo de convívio,
Alegria e diversão,
O tempo que a todos alegra seu coração…
Tudo começou,
Com um amontoado de pessoas estranhas,
Com imensas instituições unidas,
Que para mim eram todas desconhecidas…
Foi um começo de uma nova vida,
Foi um cartão de Boas-Vindas,
Ao inicio da minha melhor experiência de vida,
A vida partilhada com outras vidas…
Hoje passando alguns aninhos,
Voltei ao sitio que começou a minha nova vida,
Com quem mais amo e admiro,
Os meus avozinhos,
Que decoram minha vida…
Hoje partilhei os mesmos momentos,
Que á alguns anos,
Dançei, comi, festejei, convivi,
Mas foi totalmente diferente,
Não eram os meus avozinhos de alguns anos,
Eram os meus avozinhos de alguns meses,
Não estava com a minha instituição de alguns anos,
Estava com a instituição de alguns meses…
Estava num canto,
Rodeada de pessoas, hoje não estranhas,
Cercada de instituições, hoje conhecidas,
Estava eu num canto, com os meus avozinhos de alguns meses,
Estava noutro canto, os meus avozinhos de alguns anos…
Foi um sentimento estranho,
Sem explicação,
Queria estar com os meus avozinhos,
Com quem inicie a minha nova vida,
A vida partilhada com pessoas crescidas,
Os meus avozinhos, os meus meninos,
Que estão sempre comigo,
No meu coração…
Foi um sentimento de saudade,
Estavam a uns pés descalços,
De eu os poder alcançar,
Mas só estive uns minutos,
Que para mim foram preciosos,
Mas não os que eu desejada,
Pois o que eu queria,
Era a eternidade de minutos,
Poder partilhar mais momentos,
Mais sentimentos mútuos,
Mas agora só de visita…
Saudade via-se no meu olhar,
Cada vez que os meus olhos os alcançavam,
Saudade via-se na minha face,
Cada vez que a minha face, procurava um beijo,
Saudade via-se nos meus braços,
Cada vez que os meus braços, procuravam um abraço…
Saudade é a voz do coração,
Gritando para onde ele quer voltar…
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Acredito...
Acredito que não nasci por acaso,
Que neste mundo, onde vim parar,
Tenho alguma missão,
Pela qual tenho de lutar…
Acredito que o que não possuiu hoje,
Não possuiu por acaso,
Não possuiu pelo que tanto luto,
Porque talvez tenha de possuir outras coisas,
Até conquistar o que tanto luto,
Não possui, não por não lutar,
Não possui, por alguma razão,
Que é mais forte que o meu coração…
Acredito que não me fecham portas, por acaso,
Talvez essa porta não seja aberta,
Pela chave que tenho comigo,
A chave do destino,
Que me levará ao caminho correcto,
Ao que não é por acaso…
Acredito que não vivo em vão,
Que neste mundo onde poucos tem compaixão,
Amor e compreensão,
Eu vivo com o meu coração,
Aberto para a canção,
A canção da vida,
Que é formada de pessoas,
A quem eu dou meu coração,
A quem lhe cedo minha mão,
Percebendo assim, que a vida não passa em vão,
Nos olhos de quem levo no coração…
Acredito em mim,
Nas minhas missões,
Ainda por descobrir,
Na minha chave do destino,
Que abrirá a porta certa,
Acredito na vida,
Que encarregar-se-á de colocar no meu caminho,
O que preciso de viver,
Onde preciso de estar,
Com quem preciso de ficar…
Acredito que o aconteçe,
Não é por acaso,
Acredito que a vida, sabe o que esta a fazer...
Acredito,
Que não vim ao mundo,
Só para viver…
Susana V
Que neste mundo, onde vim parar,
Tenho alguma missão,
Pela qual tenho de lutar…
Acredito que o que não possuiu hoje,
Não possuiu por acaso,
Não possuiu pelo que tanto luto,
Porque talvez tenha de possuir outras coisas,
Até conquistar o que tanto luto,
Não possui, não por não lutar,
Não possui, por alguma razão,
Que é mais forte que o meu coração…
Acredito que não me fecham portas, por acaso,
Talvez essa porta não seja aberta,
Pela chave que tenho comigo,
A chave do destino,
Que me levará ao caminho correcto,
Ao que não é por acaso…
Acredito que não vivo em vão,
Que neste mundo onde poucos tem compaixão,
Amor e compreensão,
Eu vivo com o meu coração,
Aberto para a canção,
A canção da vida,
Que é formada de pessoas,
A quem eu dou meu coração,
A quem lhe cedo minha mão,
Percebendo assim, que a vida não passa em vão,
Nos olhos de quem levo no coração…
Acredito em mim,
Nas minhas missões,
Ainda por descobrir,
Na minha chave do destino,
Que abrirá a porta certa,
Acredito na vida,
Que encarregar-se-á de colocar no meu caminho,
O que preciso de viver,
Onde preciso de estar,
Com quem preciso de ficar…
Acredito que o aconteçe,
Não é por acaso,
Acredito que a vida, sabe o que esta a fazer...
Acredito,
Que não vim ao mundo,
Só para viver…
Susana V
terça-feira, 26 de junho de 2012
Deserto da saudade
Numa passagem pelas origens
Estranho o que já conheci tão bem,
Os lugares estão iguais
Mas já não são os mesmos,
Sinto um vazio no meio da confusão
Talvez porque hoje estou sozinha
Falta-me as pessoas
Com quem os partilhei,
Estão espalhadas por aqui e por ali
Longe da vista minha,
Bem juntas ao meu coração
Sinto também a falta da rotina,
Daquela que à primeira vista cansa
Mas que está recheada de pequenas peripécias
Que encanta
Hoje estou só de passagem
Nem percorro todos os lugares
Falta-me o mais importante,
O que me fez quem sou,
A minha eterna segunda casa
Que já foi quase a que primeira
Paro um segundo
Durante esta minha viagem
Olho para o fundo
Onde sei que está
O meu porto de abrigo algures
Recordo momentos, amizades
É como se os tivesse a ver
Mas não passam de uma miragem
Um oásis no meio do deserto da saudade
Provocado pela sede dos reviver
Marisa V
Estranho o que já conheci tão bem,
Os lugares estão iguais
Mas já não são os mesmos,
Sinto um vazio no meio da confusão
Talvez porque hoje estou sozinha
Falta-me as pessoas
Com quem os partilhei,
Estão espalhadas por aqui e por ali
Longe da vista minha,
Bem juntas ao meu coração
Sinto também a falta da rotina,
Daquela que à primeira vista cansa
Mas que está recheada de pequenas peripécias
Que encanta
Hoje estou só de passagem
Nem percorro todos os lugares
Falta-me o mais importante,
O que me fez quem sou,
A minha eterna segunda casa
Que já foi quase a que primeira
Paro um segundo
Durante esta minha viagem
Olho para o fundo
Onde sei que está
O meu porto de abrigo algures
Recordo momentos, amizades
É como se os tivesse a ver
Mas não passam de uma miragem
Um oásis no meio do deserto da saudade
Provocado pela sede dos reviver
Marisa V
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Sonhos de magia
Fui-me sentar na lua
Só para te ver dormir,
Via-te ao longe
Sem te poder tocar
Mas não te podendo ter
Engano esta minha fome de ti
Ficando apenas a te observar
Não me vou enganar
Dizendo que não queria aí estar,
És tu quem eu quero
Não há como negar
E no meio do desespero
De não te poder sentir,
No meio da saudade
Por ver e não te ter
Deixo cair uma lágrima
E sem me controlar
As minhas lágrimas salgadas
Tornam-se na chuva fria da noite
Deixo então a lua, num salto
Me sento numa gota do meu choro
Molhada pela chuva gelada
Seca pela dor da amargura
Meu alento vai despertando
Com o cair da chuva triste
Chego ao teu quarto já a sorrir
Onde estás deitado ainda a dormir
Tento aproximar-me para te acordar
Mas a felicidade de te ter
Ilumina-me o rosto
Fazendo o nascer do sol surgir,
Caindo a realidade da madrugada
Em que acordo ainda na fantasia
De ser tua ao nascer do dia
Mas quando abro os olhos
Caio na real
De um despertar fatal
Percebo que te perdi no dia
Em que o destino te levou,
Encontro-te a cada noite
Nos sonhos feitos de magia,
Na esperança de te reencontrar
Que deste sonho nunca me acordou.
Só para te ver dormir,
Via-te ao longe
Sem te poder tocar
Mas não te podendo ter
Engano esta minha fome de ti
Ficando apenas a te observar
Não me vou enganar
Dizendo que não queria aí estar,
És tu quem eu quero
Não há como negar
E no meio do desespero
De não te poder sentir,
No meio da saudade
Por ver e não te ter
Deixo cair uma lágrima
E sem me controlar
As minhas lágrimas salgadas
Tornam-se na chuva fria da noite
Deixo então a lua, num salto
Me sento numa gota do meu choro
Molhada pela chuva gelada
Seca pela dor da amargura
Meu alento vai despertando
Com o cair da chuva triste
Chego ao teu quarto já a sorrir
Onde estás deitado ainda a dormir
Tento aproximar-me para te acordar
Mas a felicidade de te ter
Ilumina-me o rosto
Fazendo o nascer do sol surgir,
Caindo a realidade da madrugada
Em que acordo ainda na fantasia
De ser tua ao nascer do dia
Mas quando abro os olhos
Caio na real
De um despertar fatal
Percebo que te perdi no dia
Em que o destino te levou,
Encontro-te a cada noite
Nos sonhos feitos de magia,
Na esperança de te reencontrar
Que deste sonho nunca me acordou.
Marisa V
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Primavera da vida
Na primavera da vida
Há dias de sol radiante
Que podem passar
A uma imensa tempestade
Num pequeno instante
Vivo numa estação
De altos e baixos
Com dias coloridos
Abrilhantados pela magia que paira no ar
Que deixam qualquer um encantado
Vivo numa estação
De altos e baixos
Com dias cinzentos
Repletos de chuvas frias a cair
E ventos fortes que não param de soprar
E nesta vida de estremos
Cheia de oitos e oitentas
No meio de um sol brilhante
Como quem acorda para a vida
E de uma tempestade provocante
Que nos destroce como uma despedida
Vou procurando o arco-íris
Que me guia até ao pote mágico
Onde encontro os pós da felicidade
Pós mágicos recheados de emoções
Com que vivi bons momentos e peripécias
Ao percorrer o caminho da vida
Pós mágicos recheados de amor
Partilhado com quem me cruzei e me marcou
Pela positiva nesta caminhada colorida
No fundo são pós de recordações
Pois a minha vida não se resume a um só instante
É passado repleto de história,
É presente incessante,
É futuro enigma,
É um todo cheio de pormenores,
É resumo das minhas vitórias,
É a minha alma, é meu estigma.
Marisa V
Pegada no Areal…
Num andar calmo,
Passeio descalça,
Saboreando a calmaria,
Que me proporciona este dia…
Ao sabor do vento,
Caminho pé ante pé,
Pisando vago a vago,
Esquecendo o tempo,
O tempo que passa,
Sem dar conta,
O tempo que pouco traz,
E que muito leva…
A cada passo que dou,
Cada desequilibro que estou,
Cada equilibro que permaneço,
É um andar em desequilíbrio e equilíbrio,
Tal como as ondas do mar,
Hoje calmas, em equilíbrio,
Amanhã, agitadas num complexo desequilíbrio,
De águas salgadas …
À medida que faço buracos no areal,
Deixo as minhas marcas,
As marcas da minha caminhada,
A caminhada que percorri,
Até chegar aqui...
No areal da vida…
Para traz, ficam as pegadas,
Marcadas pelo peso de quem sou,
Traçando o caminho que percorri,
Para a frente, fica o liso areal,
Para ser pisado e marcado,
Pelas futuras pegadas,
Que quero marcar na minha vida,
Que quero deixar no areal,
A marca de quem sou…
Susana V
Passeio descalça,
Saboreando a calmaria,
Que me proporciona este dia…
Ao sabor do vento,
Caminho pé ante pé,
Pisando vago a vago,
Esquecendo o tempo,
O tempo que passa,
Sem dar conta,
O tempo que pouco traz,
E que muito leva…
A cada passo que dou,
Cada desequilibro que estou,
Cada equilibro que permaneço,
É um andar em desequilíbrio e equilíbrio,
Tal como as ondas do mar,
Hoje calmas, em equilíbrio,
Amanhã, agitadas num complexo desequilíbrio,
De águas salgadas …
À medida que faço buracos no areal,
Deixo as minhas marcas,
As marcas da minha caminhada,
A caminhada que percorri,
Até chegar aqui...
No areal da vida…
Para traz, ficam as pegadas,
Marcadas pelo peso de quem sou,
Traçando o caminho que percorri,
Para a frente, fica o liso areal,
Para ser pisado e marcado,
Pelas futuras pegadas,
Que quero marcar na minha vida,
Que quero deixar no areal,
A marca de quem sou…
Susana V
terça-feira, 19 de junho de 2012
Porto de abrigo
Não me importa
Se as palavras que escrevo serão lidas
Se os poemas a que me entrego serão entendidos
Não escrevo para aparecer,
Escrevo para desabafar
Para me sentir bem
No fundo para esquecer
Não sei se é uma arte
O que faço
Ou se não tem assim tanto valor
Escrevo porque me faz bem
Escrevo porque a poesia
É o melhor ouvinte,
O melhor confidente
Como ela não há ninguém
A poesia é o porto de abrigo
É um porto sempre por achar
Porque a cada dia que passa
Surgem novos desafios,
Novas felicidades,
Novas indecisões,
Novas recordações
Novas palavras para escrever.
Marisa V
Aconchego Especial...
Um cruzar de braços,
Torna um momento fenomenal
Construindo um laço,
Tão singelo e natural,
Entre duas pessoas que se cruzaram
Ficando entrelaçadas num laço…
Nos braços entrelaços,
Sente-se o quentinho do aconchego,
Sente-se o carinho do amigo,
Que nos oferece seus braços,
Dando-nos o melhor casaco,
O casaco do aconchego amigo…
Um abraço, é uma prova de amor,
Que prova, que em algum momento,
Foste especial, um ser essencial,
Na vida dos outros braços,
Que guardaram algo especial de ti,
No seu pensamento…
Às vezes pergunto-me:
O que fiz de tão especial, para merecer tal acto!?
É uma pergunta, sem resposta concreta,
Há qual eu tento responder:
Talvez, aos meus olhos, não fiz nada de especial,
Mas aos olhos do outro abraço, fiz algo de muito especial,
Que talvez, eu não saiba dar valor,
Talvez tenha dado, um simples sorriso,
A quem á muito tempo, não via uma cara alegre,
Talvez tenha dado, uns dedos de conversa,
A quem á muito não conversava,
Talvez tenha sido, uma fonte de compreensão,
Que á muito era escassa, na vida dos outros braços…
Talvez tenha colmatado a falta de afectos,
À muito sentida, pelos braços carentes…
Não sei a resposta,
Mas também não quero saber,
Só sei que o abraço,
Foi o melhor casaco,
Que o homem inventou,
Sem saber o que estava a fazer,
Sem saber, criou e formou
Um laço,
Entre dois corpos,
Unidos por quatro fitas,
As fitas quentes,
Do calor humano…
O abraço será sempre
A melhor confeccão que o homem criou,
A que estará na frente,
Combatendo a carência que alguém deixou…
Susana V
Torna um momento fenomenal
Construindo um laço,
Tão singelo e natural,
Entre duas pessoas que se cruzaram
Ficando entrelaçadas num laço…
Nos braços entrelaços,
Sente-se o quentinho do aconchego,
Sente-se o carinho do amigo,
Que nos oferece seus braços,
Dando-nos o melhor casaco,
O casaco do aconchego amigo…
Um abraço, é uma prova de amor,
Que prova, que em algum momento,
Foste especial, um ser essencial,
Na vida dos outros braços,
Que guardaram algo especial de ti,
No seu pensamento…
Às vezes pergunto-me:
O que fiz de tão especial, para merecer tal acto!?
É uma pergunta, sem resposta concreta,
Há qual eu tento responder:
Talvez, aos meus olhos, não fiz nada de especial,
Mas aos olhos do outro abraço, fiz algo de muito especial,
Que talvez, eu não saiba dar valor,
Talvez tenha dado, um simples sorriso,
A quem á muito tempo, não via uma cara alegre,
Talvez tenha dado, uns dedos de conversa,
A quem á muito não conversava,
Talvez tenha sido, uma fonte de compreensão,
Que á muito era escassa, na vida dos outros braços…
Talvez tenha colmatado a falta de afectos,
À muito sentida, pelos braços carentes…
Não sei a resposta,
Mas também não quero saber,
Só sei que o abraço,
Foi o melhor casaco,
Que o homem inventou,
Sem saber o que estava a fazer,
Sem saber, criou e formou
Um laço,
Entre dois corpos,
Unidos por quatro fitas,
As fitas quentes,
Do calor humano…
O abraço será sempre
A melhor confeccão que o homem criou,
A que estará na frente,
Combatendo a carência que alguém deixou…
Susana V
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Estrela angelical
A estrada está vazia
Só aquele carro circula
A noite vai alta
A velocidade ainda mais
Mas porquê?
Pressa, cansaço,
Prazer, distração,
Ou até mesmo diversão
Não sei, não sabe ninguém
Nunca se irá saber
O que aconteceu?
Porque aconteceu?
De repente
Surge outro carro
Vindo de uma outra direção
Terá sido esse o problema?
Ou seria problemas do carro?
E esses problemas,
Seriam conhecidos por ti?
Provavelmente não
Muitas são as dúvidas
Que ficarão por esclarecer
Daquela madrugada obscura,
Daqueles segundos tenebrosos
Que me roubaram o teu ar sorridente,
A tua força de viver,
Meu anjo da guarda
Que me ensinaste a acreditar
E foi por ti que sempre acreditei
Desde a triste manhã
Em que recebi a triste noticia
Que não havia muita esperança
Num futuro teu
Até ao último minuto
Em que estiveste entre nós
Acreditei porque te adoro
Acreditei porque, como dirias, acreditar
É algo que ninguém me pode tirar
Acreditei porque tu sempre acreditaste
Mas quando soube que foi o fim
Não aguentei
Foi-se toda a fé, todas as crenças
Caiu tudo
O meu mundo caiu, desabou
Não podia ter recebido noticia pior
Não podia sentir mais um pingo de dor
Pois nunca me senti tão arrasada,
Tão perdida
Chorei até não ter mais lágrimas
E mesmo assim continuei a soluçar
Nunca tinha perdido assim alguém
Nunca sofri tanto por mais ninguém
Não consegui aceitar,
Todos me diziam que era melhor assim,
Que ias ficar bem melhor,
Num sítio melhor
Mas ninguém que me disse isso
Tinha por ti uma gota de admiração
Da que eu, ainda tenho
E sempre terei
Eras tão puro,
Tão natural,
Eras um anjo na terra
E agora és o meu anjo no céu
O teu sorriso contagiante
Continua a fazer-me sorrir
A tua maneira de ser,
O teu ar angelical
Estarão sempre presentes
Não és alguém que se possa esquecer
És uma estrela especial
Que me marcou,
Que me mudou
És a minha estrela angelical.
És a minha estrela angelical.
Marisa V
sábado, 16 de junho de 2012
Quero aproveitar-te…
A vida são momentos,
Os momentos são experiências,
As experiencias são vivências,
As vivências são a minha vida…
Quero ter momentos de lazer,
Descontrair e até ler,
Quero ter momentos para aprender,
Que me ajude a perceber,
A vida que estou a viver…
Quero ter experiências de vida,
Quero conviver,
Quero conhecer novas vidas,
Quero aproveitar a vida,
Quero aproveitar tudo, o que ela me dá,
Quero arrepender-me do que fiz,
Não quero arrepender me do que não fiz,
Quero ter vivências boas, quanto mais melhor,
Vivências más, quando nemos bem melhor,
Mas quero-as na mesma,
Preciso delas, para saber dar valor,
Às boas vivências,
Preciso delas para me tornar forte…
Para amadurecer e crescer…
Da vida não quero muito,
Quero apenas momentos,
Que me tragam experiências,
Que me tragam vivências,
Quero apenas aproveitar,
O que a vida me coloca na frente,
Quero aproveitar,
Todos os momentos, que ela me proporciona..
Quero saber que fiz,
Mal ou bem, mas fiz,
Quero saber que participei,
Mesmo gostando ou não, mas participei,
Quero saber que fui,
Sendo em vão, mas fui,
Que saber que vivi,
Momentos bons ou maus, mas aproveitei-os,
Cada momento, uma aprendizagem,
Cada experiencia, uma recordação
Cada vivência, uma lição de vida…
Os momentos são experiências,
As experiencias são vivências,
As vivências são a minha vida…
Quero ter momentos de lazer,
Descontrair e até ler,
Quero ter momentos para aprender,
Que me ajude a perceber,
A vida que estou a viver…
Quero ter experiências de vida,
Quero conviver,
Quero conhecer novas vidas,
Quero aproveitar a vida,
Quero aproveitar tudo, o que ela me dá,
Quero arrepender-me do que fiz,
Não quero arrepender me do que não fiz,
Quero ter vivências boas, quanto mais melhor,
Vivências más, quando nemos bem melhor,
Mas quero-as na mesma,
Preciso delas, para saber dar valor,
Às boas vivências,
Preciso delas para me tornar forte…
Para amadurecer e crescer…
Da vida não quero muito,
Quero apenas momentos,
Que me tragam experiências,
Que me tragam vivências,
Quero apenas aproveitar,
O que a vida me coloca na frente,
Quero aproveitar,
Todos os momentos, que ela me proporciona..
Quero saber que fiz,
Mal ou bem, mas fiz,
Quero saber que participei,
Mesmo gostando ou não, mas participei,
Quero saber que fui,
Sendo em vão, mas fui,
Que saber que vivi,
Momentos bons ou maus, mas aproveitei-os,
Cada momento, uma aprendizagem,
Cada experiencia, uma recordação
Cada vivência, uma lição de vida…
Susana V
quinta-feira, 14 de junho de 2012
É a minha luz
Moeda ao ar
O que é que a sorte vai ditar?
Tudo a postos,
Soa o apita inicial,
A bola já roda
Num vaivém para a frente, para trás,
Bola rasteira, bola alta,
Drible, remata
Defende, contra-ataca
É o tudo ou nada,
É jogar para ganhar,
É torcer para vencer
Com o coração sempre a bater
De tanto sofrer
É um misto de emoções
É alegria, entusiasmo
Quando a vantagem está do nosso lado
É tristeza, frustração
Quando a sorte começa a virar
Vibro a cada minuto
Sigo cada passo, cada jogada
Reclamo cada falha
Festejo cada golo
Sou treinadora de bancada
Berro, incentivo
Ao jogadores por quem torço
Grito, protesto
Ao árbitro (in)correto
Sou rapariga, e depois?
Não vivo sem futebol
Quer achem bem ou mal,
Sou adepta ferrenha
Entrego-me de alma e coração
A esta minha paixão,
A muitos olhos, estranha
Mas para mim tão especial
É o meu calmante mesmo que a sofrer
É vício, é estímulo
É pertença, é união
É um grito de golo
É um festejo de vitória
É ser campeã mesmo sem ganhar
É ter prazer só de ver um bom jogo
É orgulho, é vida
É partilha, é sonho e realidade
É glorioso que me seduz
É futebol, é a minha luz.
Marisa V
Inspiro teu cheiro…
Num inspirar profundo,
Sinto o teu cheiro salgado,
Sinto a tua brisa fresca,
Que faz voar meus cabelos,
No ar que respiro,
No ar que deito,
Expiro a felicidade,
De quem ama o teu cheiro,
O teu perfume salgado…
Há muito que esperava este momento,
De eterno encantamento,
De terna frescura que levo na alma,
Deste grande momento,
Deste inspirar e expirar,
Que me deixa levar,
Pelo teu encanto,
Pela tua leveza,
De dança,
De movimento,
Que me fascina,
A cada momento…
É a sua melodia,
A minha música,
O seu cheiro,
O meu perfume,
As suas pedras,
As minhas baterias,
Que levo nos bolsos,
Enchendo minha alma,
De calma,
A calma que preciso,
A tranquilidade que necessito,
Para enfrentar os dias,
Com um sorriso na face,
Por vezes molhada, com doce das lágrimas…
Inspiro o teu cheiro,
Sinto o teu cheiro salgado,
Sinto a tua brisa fresca,
Que faz voar meus cabelos,
No ar que respiro,
No ar que deito,
Expiro a felicidade,
De quem ama o teu cheiro,
O teu perfume salgado…
Há muito que esperava este momento,
De eterno encantamento,
De terna frescura que levo na alma,
Deste grande momento,
Deste inspirar e expirar,
Que me deixa levar,
Pelo teu encanto,
Pela tua leveza,
De dança,
De movimento,
Que me fascina,
A cada momento…
É a sua melodia,
A minha música,
O seu cheiro,
O meu perfume,
As suas pedras,
As minhas baterias,
Que levo nos bolsos,
Enchendo minha alma,
De calma,
A calma que preciso,
A tranquilidade que necessito,
Para enfrentar os dias,
Com um sorriso na face,
Por vezes molhada, com doce das lágrimas…
Inspiro o teu cheiro,
Que me leva à alma tranquilidade,
Expiro o ar que não tem cheiro,
Que leva de mim,
Tudo o que não me traz felicidade…
Inspiro coisas boas,
Expiro coisas más,
Inspiro-te e guardo-te,
Perfumando minha vida,
Enchendo minha alma…
Expiro o ar que não tem cheiro,
Que leva de mim,
Tudo o que não me traz felicidade…
Inspiro coisas boas,
Expiro coisas más,
Inspiro-te e guardo-te,
Perfumando minha vida,
Enchendo minha alma…
Susana V
terça-feira, 12 de junho de 2012
Praia de sempre
Num passeio à beira-mar
Salto, danço,
Lavo a minha alma
É o seu cheiro,
A sua essência
Que me acalma.
Que me alenta
Nesta praia de sempre
Esqueço o que me atormenta
Encaro o mar de frente
Fitando o seu mistério
Uma metáfora da minha vivência
É guerra, é paz,
É ódio, é amor,
É turbulência, é esplendor,
É o mal, é o bem
O que ele me faz,
O que ele me transmite
Não consegue ninguém
Faz-me seguir em frente sem me empurrar,
Embala-me sem me abraçar,
Aconselha-me sem me falar,
Limpa-me as lágrimas sem me tocar.
Salto, danço,
Lavo a minha alma
É o seu cheiro,
A sua essência
Que me acalma.
Que me alenta
Nesta praia de sempre
Esqueço o que me atormenta
Encaro o mar de frente
Fitando o seu mistério
Uma metáfora da minha vivência
É guerra, é paz,
É ódio, é amor,
É turbulência, é esplendor,
É o mal, é o bem
O que ele me faz,
O que ele me transmite
Não consegue ninguém
Faz-me seguir em frente sem me empurrar,
Embala-me sem me abraçar,
Aconselha-me sem me falar,
Limpa-me as lágrimas sem me tocar.
Marisa V
Cidade estranha...
Sou um estranho,
Passeando numa cidade,
Que não é a minha,
Sou um estranho,
Olhando para o lado,
Observando a cidade,
Com olhos,
De pessoa estranha,
Olhando para o estranho,
Que é a cidade…
Sou um estranho,
Passeando pelos paralelos,
Olhando ao redor,
Vendo estranhos adormecidos,
Junto aos paralelos,
Passeando numa cidade,
Que não é a minha,
Sou um estranho,
Olhando para o lado,
Observando a cidade,
Com olhos,
De pessoa estranha,
Olhando para o estranho,
Que é a cidade…
Sou um estranho,
Passeando pelos paralelos,
Olhando ao redor,
Vendo estranhos adormecidos,
Junto aos paralelos,
Que piso,
Junto aos bancos de madeira,
Que me sento,
Observando a tranquilidade,
Destes estranhos que dormem,
Enquanto os restantes estranhos,
Vivem em redor,
Em plena agitação do dia,
Olho para estes que para mim, são estranhos,
Que para os restantes estranhos,
São meras habituais moradores de rua…
Sou um estranho, no meio dos estranhos,
Que me interrogo:
Quem dorme na rua, dormirá por opção,
Ou por falta de opção?!
Sou um estranho aos outros,
Não habito nesta cidade,
Vivo numa aldeia com outros,
Que para mim me trazem mais felicidade,
Que esta cidade,
Que de felicidade nada tem,
Tem sim, pobreza,
Tem sim, poluição,
Tem sim, falta de civismo,
Tem sim, multidão de gente,
Sem educação…
Sou um estranho numa cidade,
Para muitos, perfeita,
Sou um estranho numa cidade,
Para muitos, digna de se viver,
Sou um estranho numa cidade,
Que para mim não tem espaço,
Que para mim não serviria para eu viver…
Não serve para viver,
Não pelos estranhos que dormem na rua,
Esses não incomodam ninguém,
Desses tenho compaixão,
E se fosse preciso dar-lhes-ia um pedaço de pão,
Não serve para viver,
Pela poluição,
Pela falta de civismo,
Que se vê instalada em cada esquina,
Pela falta de educação,
Que se vê em cada pessoa,
Pelo stresse diário,
Que se sente em cada rua,
Pela falta do verde verdejante,
Que não se sente,
Pela falta do perfume do campo,
Que não se cheira,
Pela falta da melodia do mar,
Que não se ouve…
Serei sempre um estranho,
Numa cidade que para mim não foi criada…
Susana V
Junto aos bancos de madeira,
Que me sento,
Observando a tranquilidade,
Destes estranhos que dormem,
Enquanto os restantes estranhos,
Vivem em redor,
Em plena agitação do dia,
Olho para estes que para mim, são estranhos,
Que para os restantes estranhos,
São meras habituais moradores de rua…
Sou um estranho, no meio dos estranhos,
Que me interrogo:
Quem dorme na rua, dormirá por opção,
Ou por falta de opção?!
Sou um estranho aos outros,
Não habito nesta cidade,
Vivo numa aldeia com outros,
Que para mim me trazem mais felicidade,
Que esta cidade,
Que de felicidade nada tem,
Tem sim, pobreza,
Tem sim, poluição,
Tem sim, falta de civismo,
Tem sim, multidão de gente,
Sem educação…
Sou um estranho numa cidade,
Para muitos, perfeita,
Sou um estranho numa cidade,
Para muitos, digna de se viver,
Sou um estranho numa cidade,
Que para mim não tem espaço,
Que para mim não serviria para eu viver…
Não serve para viver,
Não pelos estranhos que dormem na rua,
Esses não incomodam ninguém,
Desses tenho compaixão,
E se fosse preciso dar-lhes-ia um pedaço de pão,
Não serve para viver,
Pela poluição,
Pela falta de civismo,
Que se vê instalada em cada esquina,
Pela falta de educação,
Que se vê em cada pessoa,
Pelo stresse diário,
Que se sente em cada rua,
Pela falta do verde verdejante,
Que não se sente,
Pela falta do perfume do campo,
Que não se cheira,
Pela falta da melodia do mar,
Que não se ouve…
Serei sempre um estranho,
Numa cidade que para mim não foi criada…
Susana V
sábado, 9 de junho de 2012
Saber sonhar
Hoje tive um sonho diferente!
Sonhei que tinha uma vida agitada
Um tanto parecida
Com a que já tive um dia
Era uma vida normal
Com amigos especiais,
Colegas banais
Era uma vida como tantas outras
Com momentos de tranquilidade,
Com situações controversas
Uma vida preenchida
De sorrisos e gargalhadas,
De lágrimas e gritos
Uma vida de altos e baixos
Com alegrias e boas emoções
Com zaragatas e discussões
Hoje tive um sonho com uma vida minha
Repleta de coisas boas e coisas más,
Um sonho com uma vida
Onde era feliz
Mas quando acordei
Senti uma tristeza desconfortável
Uma angústia frustrante
Por não ter sido um sonho perfeito, pensei
Mas afinal não era esse o motivo
Depois de pensar percebi
Que era por já não ter aquela vida
E a tristeza, essa era só saudade
Depois pensei:
“Se era um sonho porque não era perfeito?”
E foi então que percebi
Que todos os sonhos
Têm um quê de imperfeitos
Que a vida é toda ela, um sonho,
Só precisamos de o saber sonhar!
Marisa V
Um gesto...
Um pequeno gesto simbólico,
Enfeita tua face, Não é mera simbólico,
É o teu cartão-de-visita,
O cartão que mora na tua face,
Esteja ela triste ou alegre,
É ele que visita,
Quem se cruza,
No seu caminho….
É um pequeno gesto,
Que sem dar-mos conta,
Movimentamos num só gesto,
Setenta e três músculos,
Na nossa face, enfeitada,
Com um só gesto…
É o sorriso que enfeita tua face,
Todos nós somos possuidores de sorrisos,
Porém nem todos sorriem…
Sorrir não significa felicidade
Chorar não significa tristeza,
Chorar ninguém ensina,
Nasces sabendo,
Sorrir a vida ensina,
Vives aprendendo,
A sorrir para a vida,
Vives ganhando uma ferramenta,
Que enfrenta o choro,
Vives aprendendo,
A viver…
Quem sabe sorrir,
Sabe viver..
Sorri para a vida,
Para que ela possa sorrir para ti…
Susana V
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Sonhos enigmas
O que sonho?
Porque sonho?
Como sonho?
Porque é que sonho o que sonho?
O sonho é sonhado
Num estado inconsciente
E vem do meu subconsciente
E o que é o subconsciente
Para além do consciente meio esquecido
Que já fora parte da realidade
Em algum momento
Mas porquê?
Porque é que vou buscar
Ao meu inconsciente
Tais momentos, sentimentos
Alguns já conscientemente esquecidos
Os sonhos são e sempre serão
Um mistério por desvendar
Podem arranjar explicações
Tentar dar-lhes significados
A verdade é que nunca serão desvendados
Muitas das vezes nem chegam a ser descobertos
Que algum dia foram sonhados
Sonho toda a vez que durmo
Sonho sem dar conta
No meio do meu sono mais profundo,
Sonho e sinto-o no sono leve
Antes de um acordar
Ah sonhos magia
Porque sonho?
Como sonho?
Porque é que sonho o que sonho?
O sonho é sonhado
Num estado inconsciente
E vem do meu subconsciente
E o que é o subconsciente
Para além do consciente meio esquecido
Que já fora parte da realidade
Em algum momento
Mas porquê?
Porque é que vou buscar
Ao meu inconsciente
Tais momentos, sentimentos
Alguns já conscientemente esquecidos
Os sonhos são e sempre serão
Um mistério por desvendar
Podem arranjar explicações
Tentar dar-lhes significados
A verdade é que nunca serão desvendados
Muitas das vezes nem chegam a ser descobertos
Que algum dia foram sonhados
Sonho toda a vez que durmo
Sonho sem dar conta
No meio do meu sono mais profundo,
Sonho e sinto-o no sono leve
Antes de um acordar
E até esses posso não saber
Como ou com quem foram
Pois a única recordação que guardo
Ao abrir os olhos no despertar
É a sensação de cansaço
De uma existência de imagens vãs
Que me atormentam nessas manhãs
Ah sonhos enigmas
Que me deixam estigmas
Por não os compreender,
Por não os saber.
Como ou com quem foram
Pois a única recordação que guardo
Ao abrir os olhos no despertar
É a sensação de cansaço
De uma existência de imagens vãs
Que me atormentam nessas manhãs
Ah sonhos enigmas
Que me deixam estigmas
Por não os compreender,
Por não os saber.
Ah sonhos magia
Que me cativam
Por serem minha fantasia
Por simplesmente os sonhar
Marisa V
quarta-feira, 6 de junho de 2012
O que era, o que sou…
No olhar parado,
Recordo o passado,
Do qual tenho saudade,
Do qual me trouxe felicidade,
Que hoje não passam de recordações,
Recordadas com emoções,
Na minha face lavada pelo passado,
Aconchegada pelo presente,
No qual vivo, com saudade,
Do passado jamais recuperado…
No rosto marcado,
Pelos traços da minha história,
Vou relembrando pedaços,
Da minha antiga história
A história dos meus traços,
Traçados firmes, na minha face marcada…
No meu cabelo branco,
Passo a minha mão,
Sentindo cada fio de cabelo,
Ao mesmo tempo que me lembro,
Do castanho, que agora é branco,
Do que hoje sou e do que era ontem,
Vou enrolando o cabelo,
Como sendo o motor da minha máquina,
Do meu coração,
Que hoje se abriu à saudade do passado,
À solidão do presente…
Os meus olhos, procuram um ouvido,
Um ouvido para escutar,
Um corpo presente de coração aberto,
Deixando-me entrar e falar,
Só quero ser ouvida,
Não compreendida,
Só quero um ouvido,
Para me ouvir …
Quem escuta não precisa de compreender,
Só precisa de se oferecer…
Susana V
Recordo o passado,
Do qual tenho saudade,
Do qual me trouxe felicidade,
Que hoje não passam de recordações,
Recordadas com emoções,
Na minha face lavada pelo passado,
Aconchegada pelo presente,
No qual vivo, com saudade,
Do passado jamais recuperado…
No rosto marcado,
Pelos traços da minha história,
Vou relembrando pedaços,
Da minha antiga história
A história dos meus traços,
Traçados firmes, na minha face marcada…
No meu cabelo branco,
Passo a minha mão,
Sentindo cada fio de cabelo,
Ao mesmo tempo que me lembro,
Do castanho, que agora é branco,
Do que hoje sou e do que era ontem,
Vou enrolando o cabelo,
Como sendo o motor da minha máquina,
Do meu coração,
Que hoje se abriu à saudade do passado,
À solidão do presente…
Os meus olhos, procuram um ouvido,
Um ouvido para escutar,
Um corpo presente de coração aberto,
Deixando-me entrar e falar,
Só quero ser ouvida,
Não compreendida,
Só quero um ouvido,
Para me ouvir …
Quem escuta não precisa de compreender,
Só precisa de se oferecer…
Susana V
Labirinto
Não consigo escrever!
Tenho a mente assombrada
Por problemas, desilusões
Que me impedem qualquer pensamento
Seja bom ou mau
Sinto uma ausência de vontade de metafísica,
Não sinto ansia de filosofia
Não consigo pensar, inventar, explicar
O que quer que seja
Deve ser a falta de motivação,
A rotina monótona do dia-a-dia
Juntamente com as deceções
Que a realidade, cada vez mais triste,
Deste meu fado cantado a chorar
Me tem trazido
Sinto-me cansada
Farta de tudo o que me rodeia
Com uma vontade inconsciente de mudar
Mas sem motivação,
Sem esperança
Neste poço fundo e sem luz
Não há uma réstia de esperança
Neste labirinto que me levou
A um beco sem saída
Não fui eu que quis entrar,
Fui obrigada!
É labirinto criado por forças externas
A mim,
À minha vontade de crescer
À minha ânsia de evolução
É um labirinto inacabado,
No fundo mal pensado
Como tanta coisa neste mundo
Em crise espiritual,
Numa decadência social
Labirinto global,
Labirinto pessoal
Vai abafando aos poucos
A minha alma de abril
Asfixiando minha liberdade
Corrompendo a minha felicidade
Tenho a mente assombrada
Por problemas, desilusões
Que me impedem qualquer pensamento
Seja bom ou mau
Sinto uma ausência de vontade de metafísica,
Não sinto ansia de filosofia
Não consigo pensar, inventar, explicar
O que quer que seja
Deve ser a falta de motivação,
A rotina monótona do dia-a-dia
Juntamente com as deceções
Que a realidade, cada vez mais triste,
Deste meu fado cantado a chorar
Me tem trazido
Sinto-me cansada
Farta de tudo o que me rodeia
Com uma vontade inconsciente de mudar
Mas sem motivação,
Sem esperança
Neste poço fundo e sem luz
Não há uma réstia de esperança
Neste labirinto que me levou
A um beco sem saída
Não fui eu que quis entrar,
Fui obrigada!
É labirinto criado por forças externas
A mim,
À minha vontade de crescer
À minha ânsia de evolução
É um labirinto inacabado,
No fundo mal pensado
Como tanta coisa neste mundo
Em crise espiritual,
Numa decadência social
Labirinto global,
Labirinto pessoal
Vai abafando aos poucos
A minha alma de abril
Asfixiando minha liberdade
Corrompendo a minha felicidade
Marisa V
terça-feira, 5 de junho de 2012
Diferença diária...
Jamais a poesia que escreveste hoje,
É igual à de ontem,
Muitos menos à de amanhã...
Hoje não tens o espírito de ontem,
Nem sabes com qual escreverás amanhã...
As circunstâncias em que escreves hoje,
Foram diferentes das ontem,
Não iguais amanhã...
Um poema é sempre diferente,
Cada dia amadureces,
Uma linha,
Uma frase da tua vida,
Que ontem não tinha sentido,
Hoje tem toda a lógica.
A vida é curta demais,
Para que os dias sejam vividos duas vezes,
Para que as coisas sejas escritas, duas vezes idênticas,
A vida merece ser diferente, dia após dia
A escrita é diferente, hora após hora…
A diferença é o relógio da tua vida,
Que te marca as horas, todos os dias em que escreves,
A diferença é para sempre uma descoberta,
Do que escreverás da vida…
Susana V
É igual à de ontem,
Muitos menos à de amanhã...
Hoje não tens o espírito de ontem,
Nem sabes com qual escreverás amanhã...
As circunstâncias em que escreves hoje,
Foram diferentes das ontem,
Não iguais amanhã...
Um poema é sempre diferente,
Cada dia amadureces,
Uma linha,
Uma frase da tua vida,
Que ontem não tinha sentido,
Hoje tem toda a lógica.
A vida é curta demais,
Para que os dias sejam vividos duas vezes,
Para que as coisas sejas escritas, duas vezes idênticas,
A vida merece ser diferente, dia após dia
A escrita é diferente, hora após hora…
A diferença é o relógio da tua vida,
Que te marca as horas, todos os dias em que escreves,
A diferença é para sempre uma descoberta,
Do que escreverás da vida…
Susana V
Só preciso de ti
Não preciso de ir ao Espaço
Para ver o mundo todo
Porque o meu mundo és só tu
Não preciso de ir a Nova Iorque
Para ver a estátua da liberdade
Porque é em ti que me liberto
Mesmo estando presa a ti
Não preciso de ir à lua
Porque me levas lá
A cada vez que estamos juntos
Não preciso de dinheiro,
Não preciso de luxo,
Não preciso de nada
Só preciso de ti ao meu lado
Para o meu mundo girar
Só preciso do teu beijo
Para me alimentar
Só preciso dos teus lábios
Ao meu ouvido a sussurrar
Que por ti irei ser sempre amada.
Para ver o mundo todo
Porque o meu mundo és só tu
Não preciso de ir a Nova Iorque
Para ver a estátua da liberdade
Porque é em ti que me liberto
Mesmo estando presa a ti
Não preciso de ir à lua
Porque me levas lá
A cada vez que estamos juntos
Não preciso de dinheiro,
Não preciso de luxo,
Não preciso de nada
Só preciso de ti ao meu lado
Para o meu mundo girar
Só preciso do teu beijo
Para me alimentar
Só preciso dos teus lábios
Ao meu ouvido a sussurrar
Que por ti irei ser sempre amada.
Marisa V
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Nada cheio de tudo
Estou a cabisbaixa,
Perguntam-me o que tenho
Respondo que não é nada
Sorriem e seguem o seu caminho
Sem sequer pensar,
Sem sequer se perguntarem
O que pode estar por detrás de um “não é nada”
É tudo,
É nada
É um nada cheio de tudo
É a falta de coragem
Para dizer o que se passa,
É uma tentativa de nos enganarmos,
É tentar esquecer
O que nos aflige,
O que tem andado,
E continuará, a
entristecer
A mente cansada
Da nossa desgraça pessoal
É um nada complexo
Cheio de tudo e de todos
Que no fundo só quer dizer
“Quero ficar em paz
Esquecer tudo o resto”
Marisa V
A vida é real…
A vida é uma batalha,
Onde todos nós somos os soldados,
Lutando para vencer a batalha…
A vida é uma guerra,
Onde todos nós somos indivíduos,
Vivendo procurando a garra…
A vida é uma bússola,
Onde nós somos pedaços do oeste,
Procurando o nosso norte…
A vida é uma montanha,
Onde nós somos pedras,
Tentando que a terra não nos derrube...
A vida é uma luta constante,
Nela nem sempre ganhamos a batalha,
Nem sempre perdemos a guerra…
A vida é uma aprendizagem,
Nela nem sempre perdemos o norte,
Nem sempre sabemos onde estamos…
A vida é uma conquista diária,
Nela nem sempre caímos antes da meta,
Nem sempre vencemos ao subir a montanha…
A vida é difícil,
Nada é fácil.
A vida é real,
Nada é impossível,
Só é mais difícil de alcançar...
O impossível não se limita,
A impossibilidade se facilita,
Com o gosto da conquista do impossível…
Susana V
Onde todos nós somos os soldados,
Lutando para vencer a batalha…
A vida é uma guerra,
Onde todos nós somos indivíduos,
Vivendo procurando a garra…
A vida é uma bússola,
Onde nós somos pedaços do oeste,
Procurando o nosso norte…
A vida é uma montanha,
Onde nós somos pedras,
Tentando que a terra não nos derrube...
A vida é uma luta constante,
Nela nem sempre ganhamos a batalha,
Nem sempre perdemos a guerra…
A vida é uma aprendizagem,
Nela nem sempre perdemos o norte,
Nem sempre sabemos onde estamos…
A vida é uma conquista diária,
Nela nem sempre caímos antes da meta,
Nem sempre vencemos ao subir a montanha…
A vida é difícil,
Nada é fácil.
A vida é real,
Nada é impossível,
Só é mais difícil de alcançar...
O impossível não se limita,
A impossibilidade se facilita,
Com o gosto da conquista do impossível…
Susana V
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Criança pureza
Criança pureza
Não precisa de grandes conversas
Para gostar
Não precisa de frases profundas
Para dizer que gosta
Basta um sorriso,
Uma monossílaba,
Uma caricia
Para lhes agradar
Basta um sorriso,
Uma monossílaba,
Uma caricia
Para nos cativar
Criança pureza
É ingénua, verdadeira,
Uma riqueza
Anima quem a rodeia
Não tem maldade no que faz
Quer carinho, atenção
Quer brincar, agradecer
Com aquele olhar transparente
Que nos aquece o coração,
Impossível ficar indiferente
Marisa V
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