Tenho a mente assombrada
Por problemas, desilusões
Que me impedem qualquer pensamento
Seja bom ou mau
Sinto uma ausência de vontade de metafísica,
Não sinto ansia de filosofia
Não consigo pensar, inventar, explicar
O que quer que seja
Deve ser a falta de motivação,
A rotina monótona do dia-a-dia
Juntamente com as deceções
Que a realidade, cada vez mais triste,
Deste meu fado cantado a chorar
Me tem trazido
Sinto-me cansada
Farta de tudo o que me rodeia
Com uma vontade inconsciente de mudar
Mas sem motivação,
Sem esperança
Neste poço fundo e sem luz
Não há uma réstia de esperança
Neste labirinto que me levou
A um beco sem saída
Não fui eu que quis entrar,
Fui obrigada!
É labirinto criado por forças externas
A mim,
À minha vontade de crescer
À minha ânsia de evolução
É um labirinto inacabado,
No fundo mal pensado
Como tanta coisa neste mundo
Em crise espiritual,
Numa decadência social
Labirinto global,
Labirinto pessoal
Vai abafando aos poucos
A minha alma de abril
Asfixiando minha liberdade
Corrompendo a minha felicidade
Marisa V
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