Os dias correm, uns atrás dos outros,
Correm, num correr devagar,
Parecem não querer sair do mesmo lugar,
Correm devagar, aos olhos de quem os vê passar…
Pela cortina da janela,
Espreito cada um a passar,
No seu lento passo,
Como quem não quer, rasgar a fita da meta,
Acabando com o dia de hoje,
Começando com o dia de amanhã…
Pelos vidros da janela,
Vejo cada dia,
Igual ao outro,
Muda só o nome,
Muda só o número do mês,
Cada dia é igual,
E não diferente!
Mas quando olho para os dias que passaram,
Apercebo-me que o lento voou,
Apercebo-me dos dias que já lá vão,
Sem que eu tenha precisão,
Perco-me a pensar, nos dias que passaram,
Tanto tempo que voou,
E eu ainda aqui estou…
Vivo na rotineira vida,
Querendo que o amanhã não seja igual,
Seja diferente,
Luto, para que aconteça,
Luto, pelo amanhã diferente,
Que tarda, mas acredito,
Que seja diferente,
Não amanhã, mas um dia…
Vivo necessitando de…
Uma manhã diferente,
Uma tarde desigual,
Um dia que canse,
A minha cabeça,
Que precisa de ser cansada,
De uma forma diferente!
A minha cabeça,
Está cansada do cansaço,
Que não canse nada,
Está cansada,
De não ter nada que a canse!
Susana V
Sem comentários:
Enviar um comentário
Abre a tua alma...