Pego num lápis e num pedaço de papel
Começo a escrever
Sem um tema concreto
Em que me focar
O relógio já marca a madrugada
Na rua a noite há muito que está cerrada
Mas não é isso que me faz parar,
Não tenho sono
Apesar da vontade de descansar
Tenho a cabeça cansada de pensamentos,
São dúvidas, divagações, recordações e ânsias
De velhos e novos momentos
Escrevo em jeito de desabafo
Para o nada que é uma folha em branco
Não quero ser compreendida
Nem sequer ouvida
Se me ouvirem vão questionar
O que sinto, porque sinto
Não quero explicar
Não gosto de explicar
O que me vai na alma
É algo só meu
Que não consigo verbalizar,
Bloqueio quando tento abrir a boca
Na presença de alguém
Refugio-me, então, nesta folha de papel
Onde escrevo sem ninguém
A que falar, a que me justificar
Escrevo e transformo esta vida de fel
Nesta minha paixão de escrever
Que acaba sempre por me acalmar
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